Nesta quarta-feira (07), o senado aprovou o requerimento do senador Eduardo Girão (NOVO-CE), convocando uma audiência pública para esclarecer a possível censura de perfis de direita nas redes sociais.
Isso representaria uma violação ao direito à liberdade de expressão nas plataformas por critérios ideológicos. A audiência está marcada para a próxima quinta-feira (15) às 9h.
O senador convocou os representantes das plataformas: Meta (detentora do Facebook e do Instagram), Tiktok e Youtube. Além disso, o Girão convidou influenciadores como o jornalista Paulo Figueiredo e a comentarista política Ana Paula Henkel.
“Aprovamos o requerimento para ouvir as big techs e renomados comunicadores sobre eventual censura nas plataformas, especialmente em relação a ideias conservadoras e de direita. O caso da Rádio Auriverde Brasil é emblemático. Em questão de dias, seu alcance no Youtube foi reduzido brutalmente e sem qualquer justificativa”, destacou o parlamentar.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Não é incomum relatos de quedas de audiência de canais de comunicação de direita ao abordarem temas polêmicos.
Esse fenômeno se manifesta de diversas formas, desde a desmonetização de conteúdos e a redução de alcance nas redes sociais até a exclusão completa de canais de determinadas plataformas.
O canal da AuriVerde Brasil, por exemplo, contava com a audiência de 2.902.442 em 25 de abril de 2024 no Youtube.
Porém, após a publicações sobre a vacinação da Covid-19 e os “Twitter Files”, o canal teve uma redução drástica de audiência, atingindo apenas 660.287 visualizações em 7 de maio. No dia 10 de junho, a audiência caiu ainda mais, para 116.941.
Essa diminuição significativa não apenas afetou a visibilidade do conteúdo, como também resultou em uma queda de mais de 90% no faturamento do canal, comprometendo sua sustentabilidade econômica e impactando a gestão de funcionários.
Essa situação levanta questões cruciais sobre a liberdade de expressão e a transparência dos algoritmos das plataformas digitais.
Assim, é essencial investigar se essa queda de audiência está relacionada a possíveis mecanismos de censura ou limitação de alcance, o que poderia violar o direito constitucional à liberdade de expressão.
Paralelamente, é preciso esclarecer as políticas de transparência dos algoritmos, diante da interferência na visibilidade dos conteúdos e dos critérios de recomendação ou restrição de vídeos.
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