Embora a Fundação de Parques que administra os cemitérios públicos de Belo Horizonte tenha afirmado, segundo a imprensa , não ter havido registro de aumento do número de sepultamentos em abril deste ano, a prefeitura anunciou, como medida de precaução para que os serviços de enterro não fiquem sobrecarregados, a contratação de mais 5.050 vagas em cemitérios públicos.
Alguns dias depois após a repercussão negativa na mídia e nas redes sociais sobre as mais de 5 mil sepulturas que seriam contratadas, a prefeitura publicou no Diário Oficial do município, sem qualquer justificativa, a suspensão da emissão de ordem de serviço para empresa contratada que constava a construção de 1.050 carneiros com três gavetas cada.
No dia seguinte à suspensão do contrato, em 15 de maio de 2020, a imprensa apurou que o endereço da sede da construtora contratada era na verdade uma loja de lingerie – um forte indício de empresa fantasma.
Diante dos indícios de irregularidades, o vereador do NOVO em Belo Horizonte Bernardo Ramos , protocolou no Ministério Público de Minas Gerais uma representação para abertura de inquérito civil, a fim de apurar possível ato de improbidade administrativa da Prefeitura de Belo Horizonte na contratação de 5.050 vagas adicionais para sepultamento nos cemitérios municipais.
A fiscalização das contratações em tempos de calamidade é fundamental. Tudo deve ser apurado minuciosamente pelos órgãos competentes para que se evite a má gestão dos recursos, irregularidades e violação aos princípios da administração pública.
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