Lula III é Dilma Nos Seus Piores Momentos

22 de abril de 2025

Quanto mais se passam os dias, mais evidentes ficam as semelhanças políticas, ideológicas e econômicas de Lula e Dilma. Lula é incapaz de reconhecer a crise por que passa o Brasil, e está cercado de pessoas igualmente incapazes. Ao contrário, vive a dizer que o país nunca esteve tão bem. Se se finge de alienado ou o é efetivamente, não dá pra ter certeza, afinal, são décadas de bravatas. Mas tal como Dilma, sua parceira de primeira hora, o presidente ignora os sinais da recessão e dobra a aposta em medidas comprovadamente falhas para a economia. A afinidade deles é tanta que Lula premiou a presidente impichada com um cargo milionário no Banco dos BRICS, onde Dilma pode brincar de mandar à vontade.

Não dá pra dizer que os governos petistas não tem constância: estão sempre no vermelho. Só durante este 3o período de Lula no poder, a dívida pública brasileira aumentou em 2 trilhões, alcançando impagáveis 9 trilhões de reais, no total. Para se ter dimensão do problema, se toda a nossa população ficasse responsável pelo pagamento deste montante, cada um dos 215 milhões de cidadãos brasileiros precisaria desembolsar mais de 41 mil reais. Em verdade, já pagam: o gasto estratosférico do estado brasileiro pressiona a inflação e destrói o poder de compra das pessoas. Mas está tudo sob controle, segundo Fernando Haddad. Seguimos com o pé fundo no acelerador rumo ao precipício.

Lula mimetiza Dilma ao lançar o plano Nova Indústria Brasil, em uma nova tentativa de impulsionar o setor mediante intervenção estatal. Sabemos como isso funciona: protecionismo exacerbado, que só enriquece os grandes industriários e empobrece a população, além da concessão de subsídios sem critérios claros, e que distorcem os preços na economia. Os resultados são ineficiência econômica e mais endividamento do estado brasileiro. É a Nova Matriz Econômica de Dilma em ação, novamente.

O mais preocupante, no entanto, tem sido a questão fiscal, desde o advento do Novo Arcabouço Fiscal, em detrimento do Teto de Gastos. Na prática, o arcabouço de Haddad e Lula só serviu para ambos poderem gastar mais, causando incerteza quanto à crescente dívida pública. Quer dizer, já dá pra termos certeza de que anos difíceis nos aguardam. E eles já têm data para começar: 2027. As projeções da própria Lei de Diretrizes Orçamentárias mostram que o próximo presidente herdará um orçamento estrangulado, com queda drástica nos recursos discricionários. A volta do pagamento integral dos precatórios jogará uma âncora de R$ 86 bilhões sobre o caixa da União já no primeiro ano do próximo governo. O que restará para o Executivo manter a máquina pública em funcionamento será inferior ao mínimo necessário estimado por especialistas, colocando em risco até os serviços mais básicos, como saúde e educação. O país vai mergulhar num apagão administrativo, legado direto do descontrole lulopetista e da irresponsabilidade fiscal.

O desajuste nas contas públicas e a inflação em alta já foram motivo de grande preocupação há uma década, durante o governo Dilma. As semelhanças não param por aí e, infelizmente, parece que caminhamos para um cenário parecido com aquele que nos levou à pior recessão da nossa história, no biênio 2015/2016.

Sobre todas essas coisas, reside o problema político. Lula está cercado por quadros fracos para articulação política com o Congresso. Sua escolha por Gleisi Hoffmann para o papel de Ministra das Relações Institucionais comprova que o homem perdeu a mão completamente para negociar com os parlamentares.

Não é por acaso que o vermelho é a cor do petismo. É a cor de quem meteu o Brasil no Serasa, é a cor da vergonha. Quanto mais os dias passam, mais evidente é o fato de Lula III ser Dilma nos seus piores momentos.

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