Zema protocola projeto para privatização da estatal CODEMIG

9 de outubro de 2019

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), encaminhou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o Projeto de Lei que  trata da privatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), detentora do direito em Araxá, no Alto Paranaíba, da exploração de uma jazida de nióbio, usado em ligas de aço para torná-las mais fortes, resistentes e maleáveis.

 

Na década de 1970, a Codemig criou a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, a CBMM, para explorar, processar e comercializar o nióbio. A CBMM repassa à estatal 25% do lucro líquido da operação e é titular de direitos de exploração de outra mina, uma sociedade que tem arrendada seus direitos de lavras.

 

O contrato da parceria entre a Codemig e a CMBB tem validade até 2032. Com a privatização, o Estado deseja receber antecipado estes valores. Nas contas do governo, a operação pode render de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões.

 

“Se essa operação (do nióbio) for bem sucedida, se (a Assembleia Legislativa) aprovar o projeto de lei e os bancos comprarem os recebíveis (aqueles até 2032), vamos pagar o 13º até o dia 21 (de dezembro) e em janeiro. Ou seja, o salário de dezembro, as pessoas vão receber em um único pagamento. Mas é preciso que a Assembleia aprove o projeto, que os bancos comprem os recebíveis. Vamos pagar o 13º e terminar com o parcelamento (dos salários)”, disse o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy.

 

“Temos que lembrar que nossa intenção é privatizar todas as empresas de Minas. Estamos enviando inicialmente agora a Codemig, mas é nossa intenção que vá a Cemig, a Copasa e a Gasmig. Não há, quando se fala de Legislativo, um cronograma definido. Um casamento para dar certo não é porque marcou a data, depende do desenrolar do namoro”, afirmou Zema.

 

Os valores da empresa são subjetivos e ainda devem ser definidos por um estudo, segundo o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa. Antes da venda, o governo pretende antecipar os recebíveis da participação na venda do nióbio como garantia para tomar um empréstimo com valores entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. A ideia é que a venda deles seja feita em leilão.

 

A equipe do governador Romeu Zema trabalha diariamente para cobrir o rombo nas contas públicas causadas pela irresponsabilidade fiscal das gestões anteriores e tirar Minas do vermelho.

 
 

Foto: Edson Silva/Folhapress

 

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