NOVO defende soluções para a educação

17 de maio de 2019

A semana foi marcada pelo tema Educação – uma das pautas prioritárias do NOVO.

 

Em meio a discussões, temos claro entendimento que a base dos nossos problemas está profundamente ligada à baixa qualidade da educação nos primeiros anos de vida.

 

A primeira infância, que se estende até os 6 anos, é o período no qual a criança desenvolve as estruturas básicas de compreensão, adquirindo as condições e habilidades mais importantes para o aprendizado e mesmo assim, somente 30% das crianças entre 0 e 3 anos estão nas creches. 

 

Já no ensino médio, quase 93% dos alunos terminam sem noções básicas de matemática, 27% dos brasileiros entre 15 e 64 são analfabetos funcionais. E para agravar a situação da nossa Educação, aproximadamente 50% dos diretores escolares são escolhidos por indicação política, muitas vezes sem o cuidado de se escolher por qualificação técnica.

 

Apesar do aumento das verbas para educação, entre 2012 e 2016, a nossa educação básica ainda apresenta indicadores muito ruins, nas comparações internacionais, estamos entre os últimos lugares. Em uma lista de 73 países do ranking internacional PISA, que avalia a educação básica internacional, o Brasil ocupa o 63º em ciências, 65º em matemática e 59º em leitura.

 

Faltam recursos, mas também falta gestão. O ensino básico não tem sido tratado como uma prioridade. Por isso temos levantado a questão da alocação dos impostos, que vão em maior parte para as universidades, quando deveriam priorizar a primeira infância e o ensino fundamental.

 

Atualmente, o governo gasta 3,7 vezes mais com um aluno do ensino superior do que com um aluno da educação básica. Nos países desenvolvidos essa média é 1,7 vezes. Nossos investimentos totais em ensino superior estão em linha com os gastos europeus. Já no ensino básico, gastamos como nossos vizinhos da América Latina.

 

A probabilidade de um jovem com renda familiar per capita de R$ 250 ao mês estudar em uma universidade pública é de apenas 2%. Para os jovens cuja renda familiar per capita é de R$ 20 mil mensais, essa chance salta para 40%. Os estudantes de famílias relativamente mais ricas estudam em escolas de ensino básico de nível acima das escolas públicas e têm maior facilidade de passar no vestibular de universidades públicas. Já os de ensino básico público, recebem um ensino, em média, ruim e muitas vezes não conseguem aprovação no vestibular.

 

É preciso discutir e colocar em prática a priorização dos recursos da educação para o ensino básico. Porém, há a necessidade de um planejamento que ofereça uma solução sustentável para o financiamento das universidades além dos recursos públicos, como por exemplo, a cobrança de mensalidade daqueles que podem pagar, doações, fundos patrimoniais, financiamentos de pesquisa em parceria com a iniciativa privada e muito mais.

 

Desta forma, é possível priorizar os recursos para o ensino básico, sem afetar o funcionamento do ensino superior público.
É possível garantir uma cobrança justa de quem pode pagar, deixando a gratuidade para aqueles que não podem arcar com os custos. Assim, os alunos de escola pública têm mais chances de estudar em universidades públicas e o Brasil caminha para ser um país com mais oportunidades e menos privilégios.

 

Outra demanda está ligada à situação dos professores, que devem ser valorizados. Acreditamos que a base curricular da formação dos professores deve ser direcionada à metodologia e à prática do ensino, não a fundamentos teóricos. Assim que é feito nos países que estão bem no PISA.

 

O NOVO tem sido muito bem representado na Câmara e junto ao trabalho do MEC por meio do deputado federal Tiago Mitraud (NOVO – MG), membro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Temos muito o que fazer e devemos sempre nos inspirar nos países que deram certo, com apoio técnico de quem entende e estuda o tema há anos. Queremos uma educação básica de qualidade para todos os brasileiros. Cidadãos preparados e conscientes serão determinantes no estabelecimento de uma sociedade harmônica, próspera, sustentável e com menos desigualdades.

 

Imagem / odiarioonline.com.br

 

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