
Como costuma fazer no mês de janeiro, a Oxfam, confederação internacional que reúne vinte ONGs, lançou relatório onde alerta para a desigualdade econômica no mundo.
Antes de mais nada, é bom lembrar que sua metodologia é um tanto problemática, conforme apontou Leandro Narloch a respeito do relatório em sua edição do ano passado.
Sobre a bandeira em si defendida pela entidade, de distribuição de riqueza, muito se fala na desigualdade de renda, que diz respeito à pobreza relativa (uma pessoa em relação a outra), enquanto o verdadeiro problema a ser enfrentado — pela sociedade, por meio da caridade, e pelo Estado, através de políticas públicas — é a pobreza absoluta.
A riqueza não é um “bolo” fatiado e distribuído arbitrariamente. A principal razão para que menos pessoas enriqueçam — o que não quer dizer tornarem-se ricas, mas aumentarem seu patrimônio e/ou seu poder de consumo — são os obstáculos criados pelo próprio Estado, com sua regulação e tributação excessivas.
A proposta do NOVO é reduzir a pobreza; e o principal caminho é a liberdade econômica, que aumenta as oportunidades de se gerar riqueza, algo mais efetivo do que simplesmente redistribuir. Na contramão da realidade, a visão da diretora-executiva da Oxfam no Brasil é outra: “A tributação é uma das formas mais importantes de reverter esse quadro e redistribuir parte dessa riqueza pelos outros 99%.”
A intenção de algumas pessoas entusiastas desse tipo de política pode até ser a de ajudar os pobres, mas o resultado é apenas concentração de riqueza: nas mãos do Estado, ou seja, dos governantes, dos políticos e burocratas. Riqueza de todos, especialmente daqueles “99%”. Tentar tirar cada vez mais dos supostamente mais ricos, longe de melhorar a vida dos pobres, enriquece apenas o governo e ideologias ultrapassadas.
“Oito mais ricos têm patrimônio igual ao de 3,6 bilhões de pessoas”
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