
Por 64 a 15 votos, a Alesp autorizou o governador a fazer dissolução da primeira estatal no pacote de desestatização do governo de São Paulo, a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A, a Dersa. A bancada do NOVO, composta pelos deputados Daniel José, Heni Ozi, Ricardo Mellão e Sergio Victor, votou favoravelmente à extinção da estatal.
Assolada por investigações que apontam suspeitas de desvios de centenas de milhões de reais em obras durante governos do PSDB, a Dersa está no centro de um escândalo de corrupção que implica governos tucanos em São Paulo, sendo alvo de um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
A Dersa foi fundada em 26 de maio de 1969, com a finalidade de construir uma nova ligação entre São Paulo e a Baixada Santista, tendo em vista que a Via Anchieta e a Rodovia Caminho do Mar.
Em 1989 a Dersa assumiu a responsabilidade pela operação do Porto de São Sebastião, e das travessias marítimas por balsa entre Santos e Guarujá, entre Guarujá e Bertioga, entre São Sebastião e Ilhabela.
Em 1990, o Governo do Estado decidiu dar início à segunda fase da implementação da então Rodovia dos Trabalhadores, extensão esta que recebeu a denominação de Rodovia Carvalho Pinto, inaugurada em dezembro de 1994, ligando a cidade de Guararema à cidade de Taubaté, facilitando o acesso às cidades do litoral norte do estado e às principais cidades do Vale do Paraíba.
Em 1998, a Dersa foi incumbida de seu mais novo desafio: a implementação do Rodoanel Mário Covas.
Os deputados do NOVO comemoraram a medida:
EXTINGUIMOS A DERSA
A empresa é um ralo de dinheiro público por causa de má gestão/corrupção
Tem prejuízo acumulado de 405 mi e contratos suspeitos de + de 15 bi que são o centro da Lava Jato em SP
Enxugar a máquina pública trazendo eficiência, essa é a meta do @partidonovo30
— Heni Ozi Cukier (@hoc111) September 10, 2019
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Hoje, com a iniciativa privada e o setor de rodovias bem desenvolvido, não se faz mais necessidade da estatal, que teve prejuízo de 405 milhões de reais nos últimos anos. Sem mais essa despesa, o governo poderá priorizar mais o que é básico para a população: saúde, educação e segurança.