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Governo Macri realmente adotou o liberalismo?
Mauricio Macri assumiu o governo da Argentina no final de 2015, após 12 de governo Kirchner. O país sofria mais uma de suas frequentes crises, com inflação em alta, moeda cada vez mais desvalorizada, contas públicas no vermelho, dívida crescente e o país impedido de tomar empréstimos internacionais. A carga tributária era a mais alta de 138 países em ranking do Fórum Econômico Mundial e o padrão de vida não parava de cair.
Macri prometeu adotar uma agenda liberal, que iria resolver a crise fiscal e colocar a economia argentina no caminho do desenvolvimento.
Entretanto, o que aconteceu em seguida foi um roteiro nada liberal. O governo Macri evitou grandes ajustes e reformas que seu país precisava. Adotou um gradualismo recheado de acordos com o lobby de diferentes grupos e várias medidas nada liberais:
❌Congelou preços
❌Não cortou gastos públicos
❌Não privatizou estatais ineficientes e deficitárias, como a Aerolineas Argentinas que dá prejuízo ao Tesouro de 2 milhões de dólares por dia.
❌Concedeu aumento para servidores e aposentados em plena crise orçamentária, tentando agradar sindicatos
❌Não fez reformas no funcionalismo público. Nem nos funcionários fantasma
A situação da Argentina pedia controle de gastos, venda de estatais, maior liberdade para empreender e trabalhar, redução das barreiras ao comércio internacional, um banco central independente que segurasse a inflação e muito mais.
Houve avanços na redução do déficit fiscal primário. Porém, longe do suficiente para que a Argentina saísse da crise fiscal e econômica.
Macri não adotou as medidas necessárias e a crise continuou.
Esta semana, com a vitória das prévias da chapa composta pela ex-presidente Cristina Kirchner – uma das responsáveis pela enorme crise – a bolsa caiu e o peso argentino desvalorizou ainda mais.
Os investidores acreditam que a crise piorará e por isso vendem seus ativos, antes do resultado futuro se concretizar. Isso é um indicador de que o lucro das empresas cairá, e logo empregarão menos gente. O consumo diminuirá e o lucro das empresas cairá mais ainda.
A reação de Macri? Novamente oposta ao que se espera de um liberal.
O presidente argentino anunciou os seguintes ajustes: trabalhadores privados e públicos receberão bônus, salário mínimo será elevado, e preço da gasolina será congelado por 90 dias.
Entre o discurso liberal e a prática há uma grande diferença. Macri preferiu seguir o caminho mais fácil, e agora a Argentina paga o preço.
Esperamos que a Argentina tenha em breve um governo que coloque em prática as políticas liberais, colocando as contas em dia e o cidadão em primeiro lugar. Esse foi o caminho seguido pelos países desenvolvidos e pelo nosso vizinho Chile.
A América Latina não merece mais populismo.