Como uma cidade pobre e sem recursos da Turquia se tornou líder da produção mundial de tapetes
Como uma cidade pobre e sem recursos da Turquia se tornou líder da produção mundial de tapetes
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Gaziantep é uma cidade no sul da Turquia, numa das regiões mais pobres do país. Ela não é portuária nem capital, suas terras são secas, impróprias para a agricultura e os recursos naturais são limitados.
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Apesar disso, Gaziantep apresentou desempenho fenomenal nos últimos anos, se tornando líder na produção mundial de tapete de tecido e exportando para 175 países em todo o globo.
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Desde o fim dos anos 80, uma sequência de prefeitos reformistas decidiu priorizar o desenvolvimento da cidade apostando em um modelo de colaboração entre o setor público e o setor privado.
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Uma assembleia municipal para analisar e propor soluções para problemas específicos da cidade (transporte, desenvolvimento, visibilidade, pequenos negócios) foi estabelecida em 2006 com 225 membros, dos quais 20% eram do governo e 80% eram do setor privado local e organizações da sociedade civil.
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Este arranjo ajudou a consolidar nas lideranças da cidade um compromisso com a melhora do seu ambiente de negócios através da redução da burocracia e do aprimoramento de práticas regulatórias.
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A burocracia da cidade foi racionalizada, diminuindo a administração municipal de 2700 empregados para 100, em um esforço de simplificação de procedimentos e redução de oportunidades para a corrupção.
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Para facilitar a formalização de pequenas empresas e agilizar a emissão de alvarás de construção, a cidade criou zonas especiais onde vigora o processo one-stop (todas as agências responsáveis pelas permissões são trazidas para perto), ofertando terras a preços competitivos.
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Essas medidas levaram a um desempenho excepcional. Em apenas 11 anos, a cidade multiplicou o volume de suas exportações por 10, se tornando a maior exportadora de tapetes de tecido do mundo.
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O PIB per capita cresceu em média 6% ao ano, enquanto o volume de emprego, quase 4%.
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O exemplo de Gaziantep pode ensinar muitas lições para as cidades brasileiras se destacarem em geração de empregos, renda e crescimento da produtividade.
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Como uma cidade pobre e sem recursos da Turquia se tornou líder da produção mundial de tapetes
Como uma cidade pobre e sem recursos da Turquia se tornou líder da produção mundial de tapetes
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Gaziantep é uma cidade no sul da Turquia, numa das regiões mais pobres do país. Ela não é portuária nem capital, suas terras são secas, impróprias para a agricultura e os recursos naturais são limitados.
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Apesar disso, Gaziantep apresentou desempenho fenomenal nos últimos anos, se tornando líder na produção mundial de tapete de tecido e exportando para 175 países em todo o globo.
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Desde o fim dos anos 80, uma sequência de prefeitos reformistas decidiu priorizar o desenvolvimento da cidade apostando em um modelo de colaboração entre o setor público e o setor privado.
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Uma assembleia municipal para analisar e propor soluções para problemas específicos da cidade (transporte, desenvolvimento, visibilidade, pequenos negócios) foi estabelecida em 2006 com 225 membros, dos quais 20% eram do governo e 80% eram do setor privado local e organizações da sociedade civil.
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Este arranjo ajudou a consolidar nas lideranças da cidade um compromisso com a melhora do seu ambiente de negócios através da redução da burocracia e do aprimoramento de práticas regulatórias.
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A burocracia da cidade foi racionalizada, diminuindo a administração municipal de 2700 empregados para 100, em um esforço de simplificação de procedimentos e redução de oportunidades para a corrupção.
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Para facilitar a formalização de pequenas empresas e agilizar a emissão de alvarás de construção, a cidade criou zonas especiais onde vigora o processo one-stop (todas as agências responsáveis pelas permissões são trazidas para perto), ofertando terras a preços competitivos.
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Essas medidas levaram a um desempenho excepcional. Em apenas 11 anos, a cidade multiplicou o volume de suas exportações por 10, se tornando a maior exportadora de tapetes de tecido do mundo.
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O PIB per capita cresceu em média 6% ao ano, enquanto o volume de emprego, quase 4%.
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O exemplo de Gaziantep pode ensinar muitas lições para as cidades brasileiras se destacarem em geração de empregos, renda e crescimento da produtividade.