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Alemanha Ocidental e Oriental: a importância da liberdade para a prosperidade
Após o fim da 2ª Guerra Mundial, a Alemanha, que ficou sob controle militar dos Aliados, estava destruída física, econômica e socialmente. Enquanto decidiam o que deveria ser feito para reconstruir o país, as políticas econômicas nazistas permaneceram em vigor. O impasse para conciliar os objetivos da URSS e do Ocidente levou à divisão da Alemanha em duas partes: o lado ocidental, que ficou sob controle dos EUA e Reino Unido, e o lado oriental que ficou sob o controle da URSS.
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Eles tinham um grande desafio pela frente: como reconstruir um país arruinado após uma guerra de proporção mundial? Enquanto o lado ocidental optou por políticas liberais, baseada no livre mercado, o lado oriental optou por políticas socialistas, baseada no planejamento econômico na mão do Estado.
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No lado ocidental, os militares dos EUA e Reino Unido ficaram responsáveis pela economia local. Os militares acreditavam que se o controle de preços e salários adotado durante o regime nazista fosse mantido, a economia continuaria funcionando. De 1936 a 1947, a quantidade de dinheiro em circulação aumentou em 6 vezes. Essa política de “impressão de dinheiro” causou uma alta inflação.
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Ao somar à inflação o congelamento de preços, a escassez generalizada de produtos rapidamente se espalhou, levando os alemães do lado ocidental a voltarem ao escambo (como ocorre hoje na Venezuela).
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Foi então que, no auge da crise, em junho de 1948, um inflexível defensor do livre mercado foi nomeado Diretor de Administração Econômica da Alemanha Ocidental. A ousada proposta apresentada por Ludwig Erhard contemplava uma reforma monetária radical e a abolição de todos os controles econômicos que estavam em vigor desde o regime nazista.
As mais notáveis políticas implementadas por Erhard foram:
✅ Criação de uma nova moeda
✅ Suspensão da política em vigor baseada na “impressão de dinheiro”
✅ Abolição de todas as políticas de controle de preços e salários (contrariando a ordem dos militares)
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Segundo o relato de dois franceses, no dia 19 de junho de 1948, as lojas estavam desabastecidas com total escassez de mercadorias. Apenas dois dias depois, as vitrines das lojas já estavam cheias de produtos, com chaminés das fábricas sinalizando o retorno da produção e muitos caminhões de carga circulando pelas ruas. Ou seja, poucos dias após as reformas, o escambo foi substituído por um abundante abastecimento de mercadorias no comércio e, aos poucos, o cidadão alemão foi retornando ao seu padrão de vida anterior.
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Enquanto o lado ocidental se desenvolvia, o lado oriental manteve o planejamento econômico estatal. Sem previsão de melhora, muitos alemães foram buscar oportunidades melhores na Alemanha Ocidental.
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Em meio a essa crise migratória que se estendeu por mais de uma década, a URSS viu-se em uma situação desconfortável. O mundo estava testemunhando a preferência dos alemães pelo regime capitalista, deixando dúvidas sobre os benefícios do socialismo no mundo.
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Foi então que os Soviéticos decidiram em 1961 construir um muro que interromperia por três décadas esse êxodo, mantendo a população oriental refém da ditadura socialista sob mira de armas. Em novembro de 2019 a queda do muro de Berlim completou 30 anos. Uma vitória importante para o povo alemão que pôde recuperar sua liberdade e restabelecer contato com seus familiares que estiveram no lado oposto do muro.
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A diferença no desenvolvimento dos dois lados é visível até hoje, 30 anos após a queda do muro de Berlim e 70 anos após sua divisão.
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Devemos nos inspirar em exemplos que deram certo. Ao comparar o desenvolvimento entre as duas Alemanhas, não restam dúvidas de que a liberdade é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de um país.