Em 2024, o governo Lula 3 entrou em seu segundo ano. A desculpa de uma “herança maldita” deixada pelo governo anterior, que nunca foi plausível, já não convence mais ninguém. A gestão petista já tem resultados próprios para apresentar – e o cenário é catastrófico.
O governo iniciou 2024 com uma proposta típica do desenvolvimentismo petista: gastar dinheiro para supostamente fomentar a produção industrial.
Intitulado “Nova Indústria Brasil”, o programa apenas repete políticas públicas já fracassadas em passado recente, que levaram o Brasil à maior recessão econômica de sua história, durante o governo Dilma.
Ancoradas em subsídios e protecionismo, as medidas não têm efeito duradouro e só mascaram o atraso da indústria nacional frente à concorrência de outros países. O PT não tem sequer a criatividade para destruir a economia de um jeito novo.
Em 2024, o endividamento do Estado brasileiro atingiu níveis alarmantes. A dívida bruta do governo alcançou os 9 trilhões de dólares. Desse montante, quase 2 trilhões são do governo Lula III.
As promessas de Haddad sobre superávit correspondente a 0,5% do PIB para 2025 já foram abandonadas.
Em meio ao descontrole da dívida pública e após muita hesitação, Lula e Haddad apresentaram ao Parlamento um projeto insuficiente de corte de gastos.
Haviam perdido o timing e não se preocuparam em articular junto aos líderes do Legislativo a redação do texto. O resultado, sabemos: dólar nas alturas, juros futuros estratosféricos, inflação em alta e mais endividamento para os brasileiros.
Neste contexto de desarranjo econômico e fiscal, investidores estrangeiros fugiram do Brasil. A saída de investimentos já superou os 32 bilhões de reais só neste ano.
A desconfiança com o governo é crescente. O desempenho do Real foi o pior do mundo no período.
A política externa petista é uma questão à parte e, em meio a tanta incompetência, destaca-se pela pusilanimidade. Para onde quer que se olhe no mundo, o petismo está do lado errado.
Lula encoberta os crimes de guerra de Vladimir Putin na Ucrânia, relativiza o terrorismo do Hezbollah e do Hamas no Oriente Médio e cala-se diante da ditadura de Nicolas Maduro na Venezuela.
O papelão de Celso Amorim nas eleições venezuelanas já está marcado como um dos episódios mais patéticos da história de nossa Política Externa.
Por falar em membros da equipe de Lula, tivemos em 2024 situações bizarras envolvendo seus ministros.
Juscelino Filho, ministro do Turismo, foi indiciado pela Polícia Federal por fraude a licitação, falsidade ideológica, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa.
É o pacote completo típico de um membro do governo petista. No meio-ambiente, vimos o bioma brasileiro arder em chamas enquanto ninguém sabia ao certo o paradeiro de Marina Silva.
E testemunhamos as dezenas de denúncias de assédio moral e sexual contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos.
O caso de Almeida é simbólico da hipocrisia da esquerda brasileira, que escandaliza-se com qualquer atitude conservadora, mas cala-se diante do sofrimento das mulheres que diz defender.
Nas estatais, a situação é de calamidade. Voltamos à velha politicagem em indicações, à péssima gestão e à intromissão nos fundos de pensão.
O caso dos Correios é emblemático. Uma empresa que detém o monopólio das correspondências e controla a maior parte do mercado de entregas no Brasil está à beira da falência.
O déficit de todas as estatais federais somadas já chega a quase 4 bilhões de reais. Os petistas seriam capazes de fazer faltar areia no deserto.
Infelizmente, o ano foi ruim para os brasileiros e não há indicativos de melhora para 2025. Enquanto a gestão federal estiver na mão dos petistas, só podemos esperar uma gestão caótica, repleta de bravatas e com nenhum resultado.
Ao contrário, a prometida “colheita” de Lula tem sido de derrotas para o povo.
