
O atual modelo de estrutura da universidade pública brasileira se esgotou. A causa raiz da falência de nossas universidades está longe de ser uma questão momentânea, apenas de fluxo de caixa. Para o deputado Tiago Mitraud (NOVO MG), o problema é estrutural e de nada adiantará a retomada dos repasses, caso as finanças da União melhorem, se não modificarmos profundamente as premissas de funcionamento de nossas universidades e institutos federais, segundo explica em seu artigo para o NEXO Jornal.
Para Tiago, “é preciso ter frieza para fugir da polarização e para nos debruçarmos sobre os números. Assim podemos fazer um correto diagnóstico e, principalmente, propor e apoiar a busca por soluções. O principal desafio das universidades hoje é, sem dúvidas, o estrangulamento das contas. No entanto, uma análise do histórico de repasses e dos gastos mostra que o problema está longe de ser pura insuficiência de receitas, mas é causado principalmente pela péssima alocação das despesas”.
Ao contrário do que recomenda a boa gestão, as receitas das universidades e institutos dependem quase que exclusivamente de apenas uma fonte: os repasses do governo federal. A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), por exemplo, uma das instituições com maior orçamento do Brasil, só consegue arrecadar 2% de sua receita de outras fontes. É um padrão que se repete nas demais. Não há diversificação, deixando as universidades com o pires na mão quando a União entra em crise financeira, como é o caso de agora.
“Ou criamos coragem para debater soluções e confrontar aqueles que têm interesse em deixar tudo como está, ou continuaremos colocando em risco o futuro das universidades e institutos federais, juntamente com de seus atuais e futuros alunos. Essa é uma briga que vale comprarmos”, diz o deputado.
Confira o artigo completo de Tiago Mitraud.