
Às vésperas de completar seis meses à frente do governo de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO) afirmou ontem, em entrevista ao Estado de Minas e Portal Uai, que acredita poder cumprir todas as suas propostas e objetivos no estado nos quatro anos de mandato.
Zema afirmou que a geração dos 150 mil empregos por ano prometidos durante a campanha será sua prioridade nos próximos seis meses. Aliado a isso, o governador aposta na reforma da Previdência e na adesão ao regime de recuperação fiscal do governo federal para tirar o estado da crise. Se conseguir aprovar o ajuste, com o aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo, Zema deu prazo de três meses para o governo de Minas deixar de parcelar os salários.
“Se aprovarmos o ajuste fiscal, em questão de 90 dias temos como colocar a folha de pagamento do funcionalismo em dia e não mais de forma parcelada. Em cerca de 90 dias já haverá os reflexos que vão permitir isso. Primeiro porque vamos ter as privatizações, talvez levem até mais tempo, mas os ajustes vão significar redução de despesa e aumento de contribuição de algumas categorias. Isso tem um efeito imediato. A própria reforma da Previdência vai ter um efeito imediato nos cofres do estado. Temos no Brasil, entre desempregados e subempregados, 28 milhões de pessoas. Quem é que pode contribuir neste momento? Quem tem estabilidade no emprego e aposentadoria ou o desempregado? É o momento de a sociedade enxergar que precisa sacrifício e o sacrifício tem de vir de quem está aí. Hoje, no Brasil, quem tem comida na mesa e uma renda é privilegiado porque temos 20 milhões de pessoas que não têm esse privilégio”, declarou o governador.
Para Romeu Zema, a classe política precisa ter coragem e assumir a necessidade da Reforma da Previdência.