
Antes, havia blogs e personagens como “Dilma Bolada”, uma paródia que – contrariando a própria natureza das paródias – era puro elogio ao governo. Agora, há os “influenciadores digitais” pagos para fazer análises positivas de políticas do atual governo.
O Ministério da Educação se justifica com o fato de que as agências responsáveis por esses canais já são contratadas mediante licitação, portanto, o gasto está dentro da legalidade. Ora, nem tudo que é imoral é necessariamente ilegal. Uma propaganda disfarçada, feita para manipular a opinião do público jovem, é errada, independentemente da política pública a que se refere.
Com poucas exceções de caráter estritamente informativo – como campanhas de saúde pública, por exemplo – o NOVO defende o fim da publicidade estatal, seja explícita ou subliminar. As necessidades do País são muitas e os recursos escassos em relação a elas, então governo algum deve ter o poder de influenciar a opinião pública com propaganda.
“Governo paga youtubers para fazer elogios às mudanças do ensino médio”