
O estado do Rio de Janeiro, que se encontra quebrado, vai demorar a se recuperar dessa situação a depender da mentalidade de seus representantes.
O governador Pezão, sem sucesso na negociação com a Assembleia Legislativa para aprovar um pacote de medidas que podem recuperar as contas do estado, pediu mais seis meses ao governo federal. Não conseguiu fazer o dever de casa.
Sobre o pacote, um dos pontos que enfrentam resistência é a privatização da Cedae, companhia de água e esgoto do RJ. Segundo o deputado Luiz Paulo, do PSDB, não faria sentido vender a única empresa lucrativa do estado.
A lógica é, evidentemente, equivocada. Com um estado quebrado, vamos esperar a companhia ficar no vermelho para considerá-la vendável – quando ela valerá menos? Pensando numa empresa que passa por dificuldades financeiras, é natural que opte por vender ativos para direcionar investimentos naquilo que é principal. Com o Estado deve se passar o mesmo: para resgatar a saúde das contas públicas e poder investir nos serviços mais essenciais e caros aos cidadãos, é preciso retirar-se de funções que não lhe cabem, como a de ser empresário.
O NOVO é favorável à desestatização de todas as empresas. Publicamos recentemente a defesa da privatização dos Correios – que deu prejuízo bilionário no segundo ano seguido – e também a defendemos no caso do Cedae, que dá lucro. Portanto, é uma questão de princípio, não de casualidade.
“Governador do Rio pede seis meses para aprovar pacote na Assembleia”