Novo define critérios para o uso do Fundo Eleitoral

23 de fevereiro de 2024

Em convenção realizada, nesta quinta-feira, o Diretório Nacional do partido Novo aprovou por unanimidade o uso do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mais conhecido como Fundo Eleitoral com critérios técnicos de uso e transparência.

“Nosso partido se profissionalizou e muitas dessas mudanças são o espelho da vontade dos membros do Novo em querer ser um partido mais forte, que tenha representatividade em todos os estados brasileiros, para defender a boa política. Queremos eleger mais pessoas, inclusive, para evitar que as verbas públicas destinadas a partidos continuem crescendo de forma desordenada”, afirmou o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro após a reunião.

O Estatuto do partido nunca vetou o uso do Fundo Eleitoral, inclusive por ter sido escrito e aprovado antes da criação do fundo no Brasil. Mesmo assim, a direção do partido se preocupou em criar regras de compliance para que o uso do dinheiro público ocorra de forma responsável e justa.
Com isso, ao contrário de todos os outros partidos brasileiros, o Novo estabeleceu critérios que levam em conta o tamanho das cidades, o tamanho da lista local de candidatos (nominata), a capacidade de captação de recursos privados e a presença de mandatários.

O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, destacou que o partido sempre defendeu o financiamento privado para campanhas eleitorais. “Sempre defendemos, desde que de forma transparente e com regras claras, pois é o modelo mais justo e democrático”. Porém, no contexto atual, o sistema vem dificultando o uso do financiamento privado e concomitantemente aumentando o uso da verba pública para o financiamento de campanhas. “O financiamento público gera distorções eleitorais, tira dinheiro público de onde é essencial e não necessariamente corresponde aos anseios da sociedade, especialmente no formato que é praticado hoje no Brasil, que tem um Fundo Eleitoral exorbitante, sendo a maior fatia destinado aos maiores partidos e, portanto, dificultando a renovação”, concluiu Ribeiro, presidente do Novo.

Como serão os critérios citados:

– Cobertura Eleitoral: Uma divisão para cada estado proporcional ao número de cidades e tamanho das nominatas, considerando, principalmente, a cobertura eleitoral que é alcançada pela nominata (quanto maior a nominata na cidade, mais cobertura eleitoral ela tem). Para isso, foi montado uma fórmula que leva em consideração a Cobertura Eleitoral (quantidade de eleitores que cada candidato “atinge”).

– Arrecadação: Uma espécie de “Matching funds”. Como ocorre nos Estados Unidos, os candidatos e diretórios que conseguirem mais doações privadas, sinalizando comprometimento e força da campanha, terão uma proporção maior do fundo eleitoral. Uma parte do fundo será direcionada ao diretório ou ao candidato, proporcional a sua arrecadação entre janeiro de 2024 e julho de 2024.

– Líderes: Este será um percentual focado naqueles candidatos que já são mandatários ou líderes, que tem contribuído ou que irão contribuir com os objetivos do partido de curto e médio prazo.

Compartilhe

VEJA TAMBÉM

Confira mais notícias do NOVO
Eduardo Girão convidou o ex-assessor de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, para prestar esclarecimentos sobre as ameaças que sofreu e as irregularidades cometidas pelo ministro do STF (créditos: reprodução).

Mensagens Vazadas de Tagliaferro e Irregularidades de Alexandre de Moraes: Senado Aprova Requerimento de Eduardo Girão para Realizar Audiência Pública

O ex-assessor do ministro de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, foi um dos envolvidos no caso das mensagens vazadas que demonstraram que Moraes cometeu irregularidades para perseguir desafetos de direita. Agora, Tagliaferro teme ser assassinado: para esclarecer as irregularidades do STF e as ameaças ao ex-assessor, o senador Eduardo Girão (NOVO-CE) convocou uma audiência pública, […]