Bancada do NOVO Envia Projeto para Limitar Aumento do IOF

Os deputados do NOVO apresentaram um projeto de lei para limitar o aumento das alíquotas do IOF, barrando reajustes com fins arrecadatórios. Da esquerda para a direita: os deputados Ricardo Salles, Adriana Ventura, Marcel van Hattem, Gilson Marques, Luiz Lima e o senador Eduardo Girão (NOVO-CE) (créditos: reprodução).
Os deputados do NOVO apresentaram um projeto de lei para limitar o aumento das alíquotas do IOF, barrando reajustes com fins arrecadatórios. Da esquerda para a direita: os deputados Ricardo Salles, Adriana Ventura, Marcel van Hattem, Gilson Marques, Luiz Lima e o senador Eduardo Girão (NOVO-CE) (créditos: reprodução).
15 de julho de 2025

Impedir que o governo Lula use o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para repentinamente tirar mais dinheiro do bolso do brasileiro: é isso o que a proposta da bancada do NOVO busca, estabelecendo limites objetivos para o aumento das alíquotas do tributo.

Assinam o PL 3371/2025 os deputados: Gilson Marques (NOVO-SC), Adriana Ventura (NOVO-SP), Luiz Lima (NOVO-RJ), Marcel van Hattem (NOVO-RS) e Ricardo Salles (NOVO-SP). Eles protocolaram a proposta nesta segunda-feira (14).

Por que limitar o aumento do IOF é necessário?

O objetivo do projeto do NOVO é atualizar os limites das alíquotas do IOF e estabelecer critérios claros para o seu possível aumento. Assim, busca-se evitar reajustes repentinos feitos para fechar as contas públicas, como o governo Lula tentou fazer.

A Constituição Brasileira possibilita que o poder executivo mude essas alíquotas. A Lei nº 8.894 regulamenta isso parcialmente. Porém, ela não aponta regras objetivas, permitindo reajustes inesperados, que causam um caos econômico e jurídico.

Afinal, o aumento do IOF encarece o custo de empréstimos, pagamentos em cartão de crédito, operações que impactam diretamente os mais pobres, além de seguros, investimentos, transferências internacionais, etc.

Mesmo estes últimos pontos afetam a população em geral, porque eles impactam as empresas, que naturalmente repassam o custo para o consumidor. Enfim, o aumento do IOF piora as coisas para todo mundo.

“A medida reforça a previsibilidade fiscal, favorece o ambiente de negócios e a atração de investimentos, ao mesmo tempo em que respeita a autonomia do poder executivo para administrar o tributo dentro de parâmetros previamente estabelecidos pelo Congresso”, destacam os parlamentares do NOVO.

O que a proposta faz?

A proposta dos deputados do NOVO fixa limites para o reajuste das alíquotas do IOF por ano, de acordo com o tipo de operação:

Empréstimos: aumento máximo de 70%;

Transferências internacionais (câmbio): aumento máximo de 100%;

Seguros, investimentos e ouro: aumento máximo de 25%.

Além disso, se a alíquota estiver em zero no começo do ano, o aumento inicial não poderá ser superior a 50% da maior alíquota utilizada nos cinco anos anteriores para aquela categoria de IOF.

Benefícios de limitar o aumento do IOF

O projeto reforça a função regulatória do IOF, mas sem barrar seu reajuste em situações excepcionais. Dessa forma, a proposta:

– Torna o sistema tributário mais estável e previsível;

– Facilita o planejamento financeiros de empresas e cidadãos comuns;

– Melhora o ambiente de negócios e atrai investimentos;

– Permite que o governo faça reajustes, mas dentro de regras aprovadas pelo Congresso;

Assim, para aumentos acima desses limites, o governo precisaria aprovar uma nova lei, que será debatida no Congresso, respeitando o trâmite constitucional.

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