Em seu discurso na Tribuna, o deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS) expõe a versão absurda da PF de que: Filipe Martins poderia ter forjado intencionalmente um documento que depois foi usado pela corporação como motivação para a sua própria prisão. É o cúmulo. Essa narrativa aberrante é a explicação que o delegado da PF Fábio Shor está usando para justificar a utilização que fez de dados falsos para embasar o relatório que levou ao seu pedido de prisão de Filipe Martins.
Marcel ajuizou nesta terça-feira (21) uma queixa-crime contra três delegados da Polícia Federal que conduzem inquérito sobre ele, em retaliação à denúncia de que o órgão utilizou registros adulterados para incriminar o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, réu no “núcleo 2” da alegada tentativa de golpe de Estado.
A iniciativa tem como alvos os delegados Marco Bontempo, Fábio Shor e Luiz Eduardo Telles. A decisão foi tomada após o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) atestar, no dia 10, que Filipe Martins não ingressou no território americano em 30 de dezembro de 2022 – contrariando a versão da PF, que alegava “entrada simulada” com base em documentos posteriormente desmentidos pela administração Trump.
Na segunda-feira (20), a corporação informou a abertura de apuração sobre a suposta viagem de Martins, mas a contraprova oficial norte-americana expôs a fragilidade das evidências.
“É o caso mais bizarro de todos os abusos de Alexandre de Moraes até aqui”, destacou Marcel.
Marcel requer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) instaure procedimento disciplinar, preserve todos os vestígios eletrônicos das inserções falsas e determine perícia independente nos arquivos apresentados ao STF.
Ele ainda solicita a imediata suspensão dos delegados das funções investigativas até o esclarecimento completo, para evitar novos prejuízos à instrução processual e à segurança dos envolvidos.