Destruição criativa

04 de novembro de 2016

por Felipe Camozzato

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Segundo o economista Joseph Schumpeter, as inovações são força motriz do crescimento econômico no longo prazo. A destruição criativa, como nomeou, rompe com negócios bem estabelecidos, reduzindo o monopólio do poder. Em seu lugar, são criados novos produtos, serviços e lógicas de mercados.

Neste momento, observamos a destruição criativa em diversas capitais brasileiras com o Uber e, mais recentemente, com os seus concorrentes WillGo e Cabify. Aqui, a destruição criativa pode ser vista tanto no impacto ao fechado mercado dos taxistas, empresas de ônibus e lotações, quanto na lógica de regulamentação e arrecadação da Prefeitura aos serviços de transporte da capital.

A meu ver, a melhor coisa do Uber foi mostrar aos brasileiros que não há sentido em a Prefeitura regulamentar o serviço de táxis. Uma vez que já temos o Código de Defesa do Consumidor e o Código Brasileiro de Trânsito para proteger as pessoas de abusos e ilegalidades, não há sentido exigir mais regulamentos que atrapalham as alternativas de mobilidade urbana de florescer.

Além disso, as taxas cobradas dos taxistas são abusivas. No Uber, qualquer pessoa que cumpra com os pré-requisitos da empresa pode iniciar o serviço de transporte sem pagar taxa alguma para a Prefeitura, o que é uma grande oportunidade para quem está desempregado ou buscando complementar a renda de sua família, especialmente neste momento de crise. Será que há necessidade de mais cobranças, uma vez que estas pessoas já pagam taxas ao adquirirem o veículo, ao mantê-lo ano a ano, e ao confeccionar sua autorização de motorista profissional?

Para finalizar, o melhor de tudo: a partir de agora há mais concorrência! Com a chegada de mais aplicativos, como o Cabify, quem mais irá ganhar é o consumidor, que terá mais uma opção de aplicativos para motoristas. Portanto, que tratemos com mais lucidez o assunto mobilidade urbana a partir de agora. Uber, WillGo e Cabify não precisam de regulamentação da Prefeitura. A melhor fiscalização que existe é a do consumidor.

 

Felipe Camozzato é administrador (UFRGS), pós-graduado em Liderança Competitiva Global (Georgetown University) e o primeiro vereador eleito do NOVO em Porto Alegre.

 

Os textos refletem a opinião do autor e não necessariamente do Partido Novo.

 

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