
Na noite desta segunda-feira (08), durante a CPMI do INSS, Marcel van Hattem questionou o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, sobre se ele seria responsável pela assinatura da nomeação de servidores que posteriormente participaram das fraudes contra os aposentados. O questionamento calou o ex-chefe da pasta, que preferiu não responder.
“Permito-me repetir a pergunta, pois seu silêncio é mais revelador que qualquer resposta: o senhor é responsável pelas nomeações? Sim ou não?”, insistiu Marcel van Hattem.
“Não vou responder”, declarou Lupi.
“O senhor se recusa a responder porque tem culpa direta. Foi sob sua gestão como ministro da Previdência, no governo Lula, que aposentados foram lesados. Esse é o motivo do seu silêncio: a responsabilidade também é sua”, acusou o deputado.
Lupi manteve-se calado, e o relator da comissão, Carlos Viana (Podemos-MG), interveio, esclarecendo que a testemunha tinha o direito de permanecer em silêncio para evitar autoincriminação.
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A postura de Lupi gerou reação imediata do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que criticou o relator por supostamente impedir o ex-ministro de se manifestar.
O clima esquentou, envolvendo outros parlamentares. Rogério Correia (PT-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) trocaram acusações acaloradas, com gestos exaltados.
Correia chegou a afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro “será preso”, simulando com as mãos grades de prisão.
Diante do tumulto, a sessão foi suspensa para que Lupi consultasse seu advogado. Após breve intervalo, os trabalhos foram retomados.