
Atendimento personalizado para combater o aumento descontrolado da população de rua em Curitiba: é isso o que propõe o projeto do vereador Guilherme Kilter (NOVO) para implementar um sistema de reconhecimento facial para registrar as pessoas em situação de rua.
A proposta, apresentada nesta semana, prevê o uso de reconhecimento facial, rastreamento por GPS e um identificador único para cada morador de rua, permitindo ao poder público mapear com precisão o problema e oferecer soluções reais, não apenas assistencialismo vazio.
“Hoje a Prefeitura atua no escuro, sem dados confiáveis. E o resultado está nas ruas: aumento da insegurança, degradação de espaços públicos e pessoas completamente abandonadas ao vício ou à violência”, destacou Kilter.
“A minha proposta traz inteligência, organização e coragem para lidar com esse problema que o STF insiste em amarrar cada vez mais”, completou.
O sistema unificará informações sobre cada indivíduo em situação de rua, com dados sobre saúde, vínculos familiares, localizações recorrentes e histórico de atendimentos.
A ideia é romper com a lógica atual, em que a mesma pessoa pode ser abordada dezenas de vezes sem que nenhuma ação de longo prazo funcione.
As ferramentas tecnológicas estarão disponíveis tanto para as equipes fixas nos CRAS, Centros POP e abrigos quanto para os agentes de rua que realizam abordagens noturnas e emergenciais.
Com o sistema em operação, será possível planejar com mais eficiência a alocação de recursos, monitorar trajetórias de reintegração e identificar casos crônicos ou reincidentes.
“A gente não pode mais tratar isso como se fosse só um problema social. É um problema de segurança, de saúde pública e de dignidade”, cravou o vereador do NOVO.
Quem está nas ruas precisa de um caminho real pra sair dali – e a cidade precisa reagir antes que seja tarde. Não dá pra continuar fingindo que isso vai se resolver com cobertor e sopa”, concluiu.