Bancada do NOVO apresentará proposta para reduzir temporariamente salários da elite do funcionalismo público federal

25 de março de 2020

Bancada do NOVO está coletando assinaturas para protocolar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir salários de políticos e servidores públicos, além de auxílios, penduricalhos e outros benefícios concedidos a agentes públicos durante a crise da Covid-19, o coronavírus.

 

Estudo do NOVO calcula que a medida irá gerar uma economia de pelo menos R$ 18,52 bilhões, no período de um ano, ou R$ 4,63 bi em três meses.

 

De acordo com um dos autores da proposição, deputado Alexis Fonteyne (NOVO-SP), a medida é fundamental para socorrer a população brasileira durante a pandemia que está afetando a saúde e a economia do País. “Não é razoável que a população arque sozinha com as consequências dessas crise. Nós, como representantes do povo, e os servidores pagos com o dinheiro dos impostos dos brasileiros, temos a obrigação de dar nossa parcela de contribuição”, disse Fonteyne.

 

Alexis  explicou que a redução será escalonada, de 10% a 30% em cima do salário líquido. Serão afetados servidores municipais, estaduais e federais que recebem salários acima de R$ 6 mil. Penduricalhos como auxílio-moradia, auxílio-saúde, ajuda de custo e outras gratificações também serão atingidas, inclusive os dos políticos.

“Estamos propondo corte de 50% na cota parlamentar, de 25% na verba de gabinete dos deputados e a proibição de pagamentos acima do teto constitucional para todos os Poderes”, detalhou. Para Fonteyne, a proposta visa a preservar categorias que recebem uma remuneração menor e a corrigir distorções salariais no serviço público pelo menos no período de crise.

 

A economia pode ser ainda maior. O estudo do NOVO não incluiu Executivos e Legislativos Estaduais e Municipais por falta de acesso aos dados. Recursos economizados devem ser destinados ao combate do coronavírus Apenas com a economia de R$ 4,63 bi para três meses seria possível equipar mais de 30 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com cama, monitor e respirador. Esse montante também viabilizaria o pagamento de 183 mil internações pelo período de 21 dias em UTI, ou compraria 70 mil respiradores, ou 61 milhões de kits de teste para Covid-19. Isso seria suficiente para testar um terço da população brasileira.

 

Outra possibilidade, seria a construção de 3.500 postos de saúde. Os recursos economizados, se destinados ao atendimento à emergência de saúde nas áreas social e econômica, poderiam salvar milhares de empregos. Segundo o estudo do NOVO, R$ 4,63 bi seriam suficientes para manter cerca de 770 mil empregos em micro e pequenas empresas. Esses empreendimentos possuem uma média de três funcionários com custo de encargos salariais por funcionário na faixa de R$ 6 mil no trimestre.

 

Seria possível auxiliar cerca de 257 mil micro e pequenas empresas, mantendo o pagamento da folha e evitando demissões. Para que a PEC seja apreciada, o NOVO deverá reunir 171 assinaturas de parlamentares.

 

 

Para o enfrentamento da pandemia do Coronavírus, o sacrifício deverá ser de todos, para que o país supere a crise da maneira mais célere e economicamente menos prejudicial.

 
 

Foto: Agência Senado

 

 

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