
Cheiro de terra, gosto desagradável, estoques de água mineral esgotados dos mercados. Assim começou 2020 no Rio de Janeiro com uma crise sem precedentes no abastecimento de mais de 60 bairros da capital, e outras seis cidades da Baixada Fluminense.
Desde o início do mês a água chega nas torneiras com partículas de cor marrom e odor e gosto de argila (ou terra) em bairros cariocas e cidades da Baixada Fluminense, abastecidos pelo sistema Guandu, operado pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).
A Cedae informou, apenas no dia 7/1, que o fenômeno estava relacionado a um composto orgânico chamado geosmina. Desde então, a população tem sido cautelosa ao consumir a água, enquanto o odor e gosto estranhos perduram.
Segundo o presidente da Cedae, Hélio Cabral, o uso de carvão ativado pulverizado e de uma argila especial da empresa Hydroscience Consultoria Ambiental, deverá normalizar a situação.
O primeiro teste já foi iniciado com o uso de carvão ativado na Estação de Tratamento de Guandu e foi acompanhado, nesta quinta-feira (23), pelos deputados do NOVO RJ Alexandre Freitas e Chicão Bulhões.
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Basta saber se isso vai resolver o problema de contaminação que acarretou crise hídrica que estamos vivendo.Vamos continuar lutando para que você seja compensado por esse desastre no tratamento e fornecimento de água.
Cidadão fluminense não é trouxa!#PrivatizaCEDAE pic.twitter.com/PBogSglgST
— Alexandre Freitas (@freitasnovorj) January 23, 2020
A Cedae, estatal fluminense, deverá ser parcialmente privatizada até setembro, como parte do Regime de Recuperação Fiscal firmado com a União. É importante que os fluminenses se informem e apoiem a medida. Tratar privatizações de serviços essenciais como “tabu” contribui com cabides de emprego, ineficiência e desperdício dos recursos públicos, em detrimento da saúde da população.
Foto: Brenno Carvalho