Acabar com o imposto sindical é fechar uma torneira da corrupção

28 de dezembro de 2016

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Em uma de suas edições, o programa Fantástico denunciou o desvio de verbas por dirigentes sindicais – na realidade, verdadeiros donos de sindicatos, num regime similar a uma empresa familiar com décadas de existência. Empregando parentes a torto e a direito com salários altíssimos, bancando bens e hábitos nababescos de consumo, o sindicato-empresa revolta qualquer cidadão.

O NOVO sempre defendeu o seguinte ponto: corrupção não é apenas uma questão de impunidade, mas, antes disso, de oportunidade. Quanto mais dinheiro público – ou seja, dinheiro dos outros – nas mãos de governantes e burocratas, mais poder de barganha e possibilidades de desvio e desperdício existem. Corrupção também existe no setor privado, mas se trata de um dinheiro “com dono”, ao contrário da visão que se tem dos recursos públicos, que seriam “de ninguém”.

Portanto, o que acontece nos sindicatos é o mesmo que acontece na máquina estatal em geral: amplo acesso a dinheiro tomado compulsoriamente. Estranho que a contribuição sindical tenha esse nome, pois é imposta, seja você associado ou não ao sindicato de sua categoria. Nenhuma contribuição obrigatória deveria ter esse nome.

Dessa forma, o primeiro passo para acabar com a farra dos dirigentes sindicais corruptos, e o desperdício de dinheiro inclusive, é o fim da “contribuição” sindical. Que essas associações só tenham acesso a recursos fornecidos voluntariamente, por iniciativa própria do trabalhador. Tal qual o fim do fundo partidário (dinheiro dos outros para todos os partidos, sem escolha), o NOVO também defende essa bandeira.

“Dirigentes de sindicatos enriquecem com desvio de dinheiro”


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