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Irlanda: da pobreza do protecionismo ao desenvolvimento pelo liberalismo
Extrema pobreza, alto desemprego, fome generalizada e emigração em massa. Estes eram alguns dos problemas que assolaram a Irlanda até meados da década de 1990.
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Como, em poucos anos, a Irlanda conseguiu reverter essa situação, e se tornar o segundo país mais rico da Europa e o 3º com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo?
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Em 1922, a Irlanda conquistou sua independência. O país optou por práticas protecionistas para desenvolver a indústria local. Eles foram radicais: cortaram relações comerciais não apenas com o Reino Unido, mas também com o resto do mundo. A Irlanda iniciou um processo de estatização de diversas empresas, criou monopólios e, em determinadas períodos, proibiu investimentos estrangeiros.
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Como esperado, não funcionou. As indústrias eram incapazes de importar máquinas, ferramentas, insumos e não havia fornecedores no mercado local. Para piorar, o país tinha pouco acesso à tecnologia e financiamento.
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A indústria local não se desenvolveu. Ao invés de resolver o problema, o protecionismo brutal intensificou o colapso social e econômico.
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Apesar de realizar um acordo de livre mercado com o Reino Unido em 1957 e, poucos anos depois, o país ingressar na União Europeia, a economia não se desenvolveu.
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Afinal, além do histórico de décadas de políticas antimercado, quem investiria em um país com burocracias em excesso, altos impostos, leis trabalhistas inflexíveis, sem segurança jurídica e uma péssima infraestrutura?
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A Irlanda permaneceu no atraso. Na década de 1980, ocorreram 3 eleições em apenas 8 meses e o desemprego chegou a 18%.
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O governo tentou então reduzir os impostos sobre as empresas, que chegaram a 0%. Porém, todo o peso dos impostos recaiu para a folha salarial. Com uma legislação trabalhista atrasada e impostos de 60% nos salários, apenas escritórios fiscais de algumas multinacionais, com poucos funcionários foram abertos no país.
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Finalmente, no final da década de 1980, a Irlanda iniciou uma série de reformas estruturais para facilitar a vida de quem quer trabalhar e empreender, reduzindo burocracias e o peso do Estado:
✅ Administrativa: equiparando salários do funcionalismo público com seus pares da iniciativa privada;
✅ Tributária: reduziu as altas alíquotas sobre pessoa física e reduziu ainda mais para empresas;
✅ Trabalhista: facilitou as leis trabalhistas, reduzindo o nível de desemprego de 18%, em 1987, para 4% em 2002;
✅ Empresarial: melhorou o ambiente de negócios, facilitando empreendimentos e e atraindo investimentos;
✅ Austeridade: redução da máquina pública levou à redução dos gastos do governo e da dívida pública de 110% no final da década de 1980 para 22% em 2008;
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Dessa vez os efeitos logo vieram: novas empresas se estabeleceram no país, desemprego caiu de 18% em 1987 para 4% em 2002. O nível dos salários mais do que dobrou, e até a receita do governo aumentou, mesmo com uma das cargas tributárias mais baixas do mundo.
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As grandes empresas que antes tinham apenas pequenos escritórios no país começaram a crescer, abrindo fábricas e centros de pesquisa. A Irlanda finalmente adotou o liberalismo e se desenvolveu.
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Atualmente, os indicadores sociais e econômicos da Irlanda estão muito à frente do Brasil.
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Liberdade econômica: Irlanda 6º | Brasil 144º
Mercado de Trabalho: Irlanda 6º | Brasil 105º
Horas gastas por ano para pagar imposto: Irlanda 82h | Brasil 1.501h
Liberdade Individual: Irlanda 10º | Brasil 109º
IDH: Irlanda 3º | Brasil 79º
PIB Per Capita: Irlanda 5º | Brasil 90º
Carga tributária: Irlanda 22,8% | Brasil 32,3%
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O NOVO acredita que devemos seguir os exemplos que deram certo, como o da Irlanda. Assim como eles fizeram, defendemos reformas estruturais voltadas à redução do Estado e à liberdade do cidadão que quer trabalhar e empreender, medidas fundamentais para o Brasil prosperar.