Irlanda: da pobreza do protecionismo ao desenvolvimento pelo liberalismo

29 de junho de 2020

Extrema pobreza, alto desemprego, fome generalizada e emigração em massa. Estes eram alguns dos problemas que assolaram a Irlanda até meados da década de 1990.

Como, em poucos anos, a Irlanda conseguiu reverter essa situação, e se tornar o segundo país mais rico da Europa e o 3º com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo?

Em 1922, a Irlanda conquistou sua independência. O país optou por práticas protecionistas para desenvolver a indústria local. Eles foram radicais: cortaram relações comerciais não apenas com o Reino Unido, mas também com o resto do mundo. A Irlanda iniciou um processo de estatização de diversas empresas, criou monopólios e, em determinadas períodos, proibiu investimentos estrangeiros.

Como esperado, não funcionou. As indústrias eram incapazes de importar máquinas, ferramentas, insumos e não havia fornecedores no mercado local. Para piorar, o país tinha pouco acesso à tecnologia e financiamento.

A indústria local não se desenvolveu. Ao invés de resolver o problema, o protecionismo brutal intensificou o colapso social e econômico.

Apesar de realizar um acordo de livre mercado com o Reino Unido em 1957 e, poucos anos depois, o país ingressar na União Europeia, a economia não se desenvolveu.

Afinal, além do histórico de décadas de políticas antimercado, quem investiria em um país com burocracias em excesso, altos impostos, leis trabalhistas inflexíveis, sem segurança jurídica e uma péssima infraestrutura?

A Irlanda permaneceu no atraso. Na década de 1980, ocorreram 3 eleições em apenas 8 meses e o desemprego chegou a 18%.

O governo tentou então reduzir os impostos sobre as empresas, que chegaram a 0%. Porém, todo o peso dos impostos recaiu para a folha salarial. Com uma legislação trabalhista atrasada e impostos de 60% nos salários, apenas escritórios fiscais de algumas multinacionais, com poucos funcionários foram abertos no país.

Finalmente, no final da década de 1980, a Irlanda iniciou uma série de reformas estruturais para facilitar a vida de quem quer trabalhar e empreender, reduzindo burocracias e o peso do Estado:
✅ Administrativa: equiparando salários do funcionalismo público com seus pares da iniciativa privada;
✅ Tributária: reduziu as altas alíquotas sobre pessoa física e reduziu ainda mais para empresas;
✅ Trabalhista: facilitou as leis trabalhistas, reduzindo o nível de desemprego de 18%, em 1987, para 4% em 2002;
✅ Empresarial: melhorou o ambiente de negócios, facilitando empreendimentos e e atraindo investimentos;
✅ Austeridade: redução da máquina pública levou à redução dos gastos do governo e da dívida pública de 110% no final da década de 1980 para 22% em 2008;

Dessa vez os efeitos logo vieram: novas empresas se estabeleceram no país, desemprego caiu de 18% em 1987 para 4% em 2002. O nível dos salários mais do que dobrou, e até a receita do governo aumentou, mesmo com uma das cargas tributárias mais baixas do mundo.

As grandes empresas que antes tinham apenas pequenos escritórios no país começaram a crescer, abrindo fábricas e centros de pesquisa. A Irlanda finalmente adotou o liberalismo e se desenvolveu.

Atualmente, os indicadores sociais e econômicos da Irlanda estão muito à frente do Brasil.

Liberdade econômica: Irlanda 6º | Brasil 144º
Mercado de Trabalho: Irlanda 6º | Brasil 105º
Horas gastas por ano para pagar imposto: Irlanda 82h | Brasil 1.501h
Liberdade Individual: Irlanda 10º | Brasil 109º
IDH: Irlanda 3º | Brasil 79º
PIB Per Capita: Irlanda 5º | Brasil 90º
Carga tributária: Irlanda 22,8% | Brasil 32,3%

O NOVO acredita que devemos seguir os exemplos que deram certo, como o da Irlanda. Assim como eles fizeram, defendemos reformas estruturais voltadas à redução do Estado e à liberdade do cidadão que quer trabalhar e empreender, medidas fundamentais para o Brasil prosperar.

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