Gestão Ambiental do governo Bolsonaro: discurso x prática

23 de abril de 2021

Gestão ambiental do governo Bolsonaro: discurso x prática

O discurso de Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima contrasta com algumas de suas ações e declarações prévias. Vamos lembrar como foi a gestão do meio ambiente até aqui.

🗣️ “Determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais.”

❌ Apesar da promessa de aumento, o setor tem sofrido cortes. Entre 2019 e 2020, o orçamento não obrigatório do Ibama e do ICMBio para fiscalização viu uma queda de 10%. Desde o início do governo, a área ambiental já perdeu 10% dos seus servidores.

🗣️ “Determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais.”

❌ Além dos cortes orçamentários e de pessoal, as multas aplicadas pelo Ibama no ano passado despencaram 42% enquanto o desmatamento aumentava. No mesmo ano, Bolsonaro desacreditou os dados do INPE, que apontavam um aumento do desmatamento em junho. O chefe da instituição foi exonerado.

🗣️ “Destaco o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal.”

❌ Na verdade, o ministro do Meio Ambiente assinou uma norma que paralisa o sistema de multas a crimes ambientais, denunciada por servidores do Ibama. Também foi acusado pelo superintendente da PF no Amazonas de ter atrapalhado as investigações ligadas ao desmatamento para favorecer madeireiros ilegais.

🗣️ “É fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas.”

❌ Em 2020, Bolsonaro disse que não teria aceitado a oferta de alguns milhões de dólares de outros países para reflorestamento, argumentando que isso significaria perder a soberania de partes da Amazônia.

“Por que esses países, ao invés de dar dinheiro para nós, não reflorestam os seus países?” – Bolsonaro

🗣️ “É fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas.”

❌ Em 2019, diante do aumento do desmatamento na Amazônia e ameaças por parte do Brasil de deixar o Acordo de Paris, Noruega e Alemanha cortaram, respectivamente, R$ 133 milhões e R$ 155 milhões destinados ao Fundo Amazônia. Bolsonaro fez pouco caso do ocorrido.

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