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Estônia e Letônia: 30 anos de independência da União Soviética e do socialismo
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30 anos atrás, em 20 de agosto de 1991, a Estônia declarou sua independência da União Soviética. No dia seguinte seria a vez da Letônia. Ambos os países, que em meados da década de 1990 tinham um nível de renda parecido com o do Brasil, hoje são altamente desenvolvidos.
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Conheça um pouco dessa história.
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Anexação dos bálticos: o acordo entre Hitler e Stalin
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Em 1939, na iminência da Segunda Guerra Mundial, Hitler e Stalin dividiram entre si a Europa Oriental no pacto Molotov-Ribbentrop. O líder nazista anexaria a parte ocidental da Polônia, enquanto Stalin anexaria sua parte oriental e outras regiões do leste europeu, incluindo os países bálticos. Em 1940, sem muita escolha diante do poderio russo, Letônia e Estônia foram subjugadas pela União Soviética contra a vontade de suas populações.
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50 anos de imperialismo soviético
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Durante 50 anos após a invasão do Exército Vermelho, as nações bálticas foram vítimas do imperialismo soviético. Junto com o socialismo, os russos trouxeram o autoritarismo e a repressão política. Mais de 130 mil cidadãos contrários ao regime foram deportados para a Sibéria. Muitos morreram.
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Colapso russo e independência
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Com o colapso da economia soviética e a queda do Muro de Berlim na segunda metade da década de 1980, surgiu a oportunidade de independência para Letônia e Estônia. Em 1991, ambos se separaram da União Soviética e puderam, pela primeira vez em muito tempo, decidir o próprio destino. Apesar dessa enorme vitória, a situação herdada de décadas de socialismo e autoritarismo era crítica. O caminho dali para frente não seria fácil.
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Um começo difícil
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Apesar de politicamente independentes em 1991, Letônia e Estônia continuaram economicamente dependentes da Rússia, que respondia por mais de 90% de seu comércio exterior. Com a transição caótica para uma economia de mercado e o colapso do principal parceiro comercial, a situação inicialmente se deteriorou.
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Inflação em 1992:
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– Letônia: 1076%
– Estônia: 956%
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Reformas
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Para vencer a crise e se desenvolver, Letônia e Estônia empreenderam uma sequência de reformas que estabilizaram suas economias, aprimoraram suas instituições e facilitaram a vida de quem queria trabalhar e empreender. Cada país reestruturou as finanças públicas, combateu a corrupção, fortaleceu a democracia e os direitos de propriedade. Esses esforços na direção correta renderam, em 2004, o ingresso na União Europeia.
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Crescimento pós-reformas
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Os resultados foram impressionantes:
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A inovação não parou por aí. A Estônia se tornou o exemplo mais bem sucedido de governo digital no Mundo, com a maior parte dos serviços públicos hoje podendo ser acessados remotamente. Ambos são economias altamente globalizadas e interconectadas com o mercado europeu.
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Retrato atual
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Renda por habitante (ponderada pelo poder de compra):
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Letônia: $ 34 mil
Estônia: $ 40 mil
Brasil: $ 15 mil
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IDH:
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Letônia: 0,866
Estônia: 0,892
Brasill: 0,765
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Ranking de liberdade econômica:
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Letônia: 30º
Estônia: 8º
Brasil: 143º
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Ranking de facilidade para fazer negócios:
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Letônia: 19º
Estônia: 18º
Brasil: 124º
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Ano de ingresso na OCDE:
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Letônia: 2016
Estônia: 2010
Brasil: aguardando…
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Letônia e Estônia são países que conseguiram, em 30 anos, mudar radicalmente para melhor, trazendo liberdade, prosperidade e qualidade de vida para seus cidadãos. Enquanto isso o Brasil seguiu estagnado, sendo deixado para trás.
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Para crescer e se desenvolver, o Brasil deve se inspirar nos países que deram certo, como os bálticos.