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Diplomacia petista envergonha o país
Lula prometeu, em campanha, que o Brasil voltaria a ser respeitado internacionalmente. Para não variar, Lula mentiu. Em associação com Celso Amorim, o petista conduz o país por um dos momentos mais vergonhosos da política externa brasileira. A postura incoerente diante do conflito israelo-palestino, da guerra na Ucrânia e da ditadura venezuelana são provas de que o governo não se importa com vidas, direitos humanos, democracia e soberania, como vive a repetir, mas tão somente com uma agenda ideológica há décadas ultrapassada.
Na mesma semana em que defendeu cautela antes de posicionar-se sobre o resultado das eleições venezuelanas, a diplomacia brasileira condenou ações israelenses em sua guerra contra o Hamas. Como até as emas do Planalto sabem, Nicolás Maduro é um notório criminoso, acusado pela justiça americana de presidir um estado narcoterrorista com suporte de militares. Na última década, milhões refugiaram-se em países vizinhos, enquanto os que não puderam fugir da tirania chavista precisam suportar a extrema pobreza. Todo venezuelano que ousa levantar-se contra a tirania acaba preso ou morto. Nesta semana, após autoproclamar-se vitorioso, Maduro mandou prender mais de 1200 manifestantes, ordenou o sequestro do presidente de um partido de oposição e defendeu a prisão de María Corina Machado, candidata impedida de participar das eleições, e Edmundo González, candidato oposicionista. Os Estados Unidos juntaram-se ao coro de vizinhos americanos que não reconheceram a vitória de Maduro, deixando o Brasil entre os poucos aliados da ditadura bolivariana.
Neste contexto caótico, o governo Lula enviou à Venezuela Celso Amorim, atual assessor especial do presidente para assuntos internacionais. A postura de ambos é um escárnio com o povo venezuelano. Cobrado sobre um posicionamento brasileiro em relação às absurdas ilegalidades eleitorais promovidas por Maduro, Celso Amorim disse “tratar-se de uma situação complexa”. A maior preocupação de Amorim foi solicitar a apresentação de atas eleitorais. Milhares de presos políticos, mortos e violenta repressão às manifestações não parecem ser fatos que incomodam o ex-chanceler. Se Maduro apresentar as tais atas, tudo se resolve.
A diplomacia brasileira, sob mando de Celso Amorim, também adotou postura vergonhosa em relação aos crimes russos em território ucraniano. Desde o início, o Brasil pressiona a Ucrânia para que aceite um acordo nos termos de Putin, em evidente desvantagem ao agredido. Em mais de dois anos de guerra, não há uma única nota pública do Ministério das Relações Exteriores condenando Putin nominalmente. Há poucos dias, a Rússia atacou uma escola infantil na Ucrânia, deixando dezenas de mortos. O MRE lamentou o ataque, mas sequer teve coragem de mencionar o nome do país agressor. A propalada diplomacia ativa e altiva de Amorim perde-se em arrogância e insolência em nome da ideologia.
A questão venezuelana importa em especial ao Brasil por motivos diversos, dentre eles o impacto imigratório por conta da crise econômica e humanitária, a importância de manter boas relações políticas e comerciais com vizinhos que promovam a democracia, o bem estar e a segurança de seus povos, a contenção de interesses escusos de China e Rússia na América do Sul, e a crescente dívida da Venezuela com o Brasil, que se aproxima de 2 bilhões de dólares. A gestão do atual governo frente à crise no país caribenho é a fórmula perfeita para o descrédito e a perda de influência regional. Se o Brasil quiser voltar a ser liderança latino-americana, precisará atuar de maneira firme contra ditadores e criminosos, cobrando respeito às instituições democráticas e denunciando afrontas aos mais elementares direitos dos cidadãos. Difícil acreditar em tal mudança de postura em um governo que é acostumado a aliar-se às piores ditaduras do planeta.