O senador Eduardo Girão (NOVO-CE) protocolou ações que podem implodir o silêncio em torno do caso Banco Master, que está em liquidação extrajudicial pelo Banco Central e é investigado pela PF por fraude.
Na segunda-feira (08), Girão protocolou dois requerimentos que vão direto ao coração da suspeita de tráfico de influência, encontros reservados com autoridades e possível captura de decisões do STF, pelas mãos do ministro Dias Toffoli, por interesses privados.
A situação tem como um dos agravantes a tentativa do Master de comprar o BRB (Banco Regional de Brasília), pertencente ao governo do Distrito Federal.
A seguir, entenda como a fiscalização do NOVO pode trazer luz ao caso Banco Master!
– Investigação sobre o voo do ministro Dias Toffoli com o advogado ligado ao Banco Master
– Questionamentos sobre voos de Daniel Vorcaro, presidente do Banco
– Eduardo Girão representa o brasileiro na luta para esclarecer a verdade
No REQ 56/2025 da Comissão de Transparência, Girão quer que a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e o ministro de Aeroportos confirmem ponto a ponto os detalhes da viagem do ministro Dias Toffoli ao Peru.
O magistrado do STF viajou para ver a final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, em jato particular do ex-senador Luiz Oswaldo Pastore. E adivinha quem estava no mesmo voo?
O advogado Augusto Arruda Botelho, o defensor do diretor de compliance do Banco Master no processo que tramita sob relatoria do próprio Toffoli na Corte.
Para piorar: Toffoli colocou o processo em sigilo, puxou a investigação inteira para o STF e determinou que nenhuma nova diligência da PF contra o Banco Master aconteça sem a sua autorização prévia.
Isso indica quebra de imparcialidade, violação de decoro e possível tráfico de influência em nível estratosférico.
No RQS 918/2025, o senador do NOVO pede que o ministério de Aeroportos informe:
– A lista completa de todos os aviões que pertencem ou pertenceram nos últimos 3 anos a Daniel Vorcaro ou às suas empresas;
– Prefixos, modelos, situação atual das aeronaves;
– Todos os planos de voo dos últimos 36 meses;
– Nomes de todos os passageiros e tripulantes que voaram nesses jatos, incluindo autoridades, políticos com foro ou executivos de estatais;
– Datas, horários, origens e destinos de cada decolagem.
Na justificativa, Girão é cirúrgico: crimes de colarinho branco raramente acontecem em salas de reunião oficial. Os acordos são fechados em voos privados, longe dos holofotes.
Cruzar as datas desses voos com as datas de liberação de linhas de crédito bilionárias do BRB para o Banco Master pode revelar quem estava sendo “transportado” enquanto o dinheiro público escorria.
Os dois requerimentos já estão nas mãos da presidência do Senado e da Comissão de Transparência. O prazo para resposta é de 30 dias.
O Brasil merece saber quem voou, com quem e por quê – especialmente quando o dinheiro é público e quem julga é ministro do Supremo.
Com Girão e o NOVO na linha de frente, o recado é claro: o Brasil não ficará passivo diante das suspeitas sobre STF, Banco Master e decisões tomadas a 10 mil metros de altitude.