CPMI do INSS: Após Pedido de Marcel van Hattem, Presidente da CONAFER É Preso

Da esquerda para direita, os parlamentares do NOVO na CPMI do INSS, que determinou a prisão do presidente da CONAFER: os deputados Adriana Ventura, Marcel van Hattem e Luiz Lima, e o senador Eduardo Girão.
A participação da bancada do NOVO na CPMI do INSS foi decisiva para a prisão do presidente da CONAFER. Da esquerda para direita, os parlamentares do NOVO membros da Comissão: os deputados Adriana Ventura (SP), Marcel van Hattem (RS) e Luiz Lima (RJ), e o senador Eduardo Girão (CE) (créditos: reprodução).
30 de setembro de 2025

Após pedido do deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS), o presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (CONAFER), Carlos Lopes, foi preso pela CPMI do INSS por falso testemunho após diversas contradições.

A prisão ocorreu na madrugada desta terça-feira (30), após Lopes depor por mais de nove horas na Comissão, que considerou que o presidente da entidade mentiu repetidamente. Lopes foi liberado horas depois pela Polícia Legislativa, após pagar fiança.

Em seguida, a CPMI solicitou que o ministro do STF, André Mendonça, peça a prisão preventiva do dirigente.

Marcel destacou que Lopes tentou relativizar as acusações de desvios dos aposentados pela Confederação ter ajudado a população gaúcha durante as enchentes do ano passado.

“Tivemos de ouvir que o presidente da CONAFER, entidade que pode ter desviado mais de R$ 800 milhões de aposentados, que ‘ajudou’ com 12 carretas nas enchentes gaúchas – como se assim estivesse justificado. Ajuda ao Rio Grande com dinheiro roubado dos aposentados? Isso é um deboche”, cravou o parlamentar do NOVO.

Clique aqui e confira: “Prisão na CPMI do INSS: Após Ações do NOVO, Sócio do Careca do INSS é Preso”!

CPMI do INSS aponta que CONAFER fraudou documentos de mortos

A Comissão constatou que Lopes atuava de maneira semelhante a Maurício Camisotti e Antônio Carlos Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, na organização de um esquema de descontos associativos irregulares de aposentados e pensionistas.

Durante o depoimento, Lopes foi confrontado com relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) que apontam fraudes em autorizações de descontos em benefícios do INSS. 

Em 2024, foram identificadas 100 fichas suspeitas sem validade legal, incluindo casos em nome de pessoas falecidas.

Esses casos não são isolados, mas parte de um padrão recorrente. Não se trata de um erro, mas de uma prática conveniente para quem arrecadou até R$ 800 milhões às custas de aposentados e pensionistas.

Carlos Lopes alegou desconhecer as irregularidades. Ele afirmou, em tom irônico, que a Conafer não tem conhecimento de benefícios concedidos a pessoas falecidas em suas operações, sem responder diretamente aos questionamentos.

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