
Uma cena aterrorizante correu o mundo neste dez de setembro. Um homem sentado, em diálogo com uma multidão numa universidade, é atingido por um tiro no pescoço. Sua camiseta branca onde se lê a palavra “liberdade” é manchada de sangue. Horas depois, a morte de Charlie Kirk é confirmada.
Charlie Kirk não era um político. Sequer foi candidato. Era ativista e fundador do Turning Point USA, uma organização dedicada a defender os valores do conservadorismo em escolas e universidades nos Estados Unidos. O sucesso em engajar jovens nas pautas da direita transformou Kirk numa das principais lideranças políticas do país.
Ainda não se sabe quem foi o autor do disparo nem suas motivações. Mas os sinais de crime político são evidentes. E é isso que dá um significado mais amplo à tragédia, para além da morte revoltante de um jovem cristão, casado e pai de dois filhos. A morte de Charlie Kirk fere os nossos valores mais profundos.
Um dos pilares da civilização ocidental é o da resolução dos conflitos por meio da disputa pacífica no campo das ideias. Numa democracia, independentemente do que você defenda, lhe será garantido o direito de se manifestar no debate público e argumentar sobre seus pontos de vista. Por meio da conversa e do diálogo, as pessoas poderiam resolver suas diferenças, ou ao menos amenizá-las o suficiente para criar um território comum, sob o qual a sociedade se assentaria.
Charlie Kirk era um exemplo desses valores. Ficou conhecido por visitar universidades e organizar eventos em que conversava com quem discordava dele, principalmente jovens de esquerda. Seu estilo era respeitoso e amigável, ainda que incisivo e sarcástico. Mesmo quando interagia com alguém que não escondia o ódio que sentia por ele e por tudo que representava, suas únicas armas eram o diálogo, a palavra. Ele foi assassinado enquanto exercia um dos maiores valores da democracia.
A cobertura do assassinato por boa parte da mídia, incluindo a brasileira, foi asquerosa e enviesada. Isso não é por acaso. Descrito como um “ativista da extrema-direita”, que ficou famoso por “ataques a LGBTs e negros”, o que fica implícito nessa narrativa é de que o crime foi causado pelas opiniões da vítima. Ora, extremista é quem deu o tiro, não quem engaja em debate honesto.
O fato é que há um movimento orquestrado para inviabilizar as ideias de direita no debate público. A imprensa e as universidades, locais onde o esquerdismo é predominante há décadas, buscam ativamente reduzir o escopo do que é politicamente aceitável. Quer uma prova? Há alguns dias, os vereadores Guilherme Kilter e Rodrigo Marcial organizaram um debate com o advogado Jeffrey Chiquini na Universidade Federal do Paraná. Mas o evento não aconteceu. Os palestrantes foram agredidos e hostilizados por uma horda de manifestantes ostentando bandeiras vermelhas.
Para eles, toda a direita é “extrema”. Para eles, toda a direita é “fascista” e “nazista”. Para eles, toda a violência contra a direita é não apenas justificada, mas um dever moral. O consenso da esquerda quer transformar a direita numa maioria silenciosa e subjugada.
Pessoas como Charlie Kirk são uma pedra no caminho dessa hegemonia. Mais do que nunca, devemos seguir o exemplo que ele deixou em sua vida. A violência contra a direita não será tolerada. E nossas vozes não serão caladas.