Esses cookies são imprescindíveis para a operação do nosso Site, para habilitar as principais funções do Site, garantir a segurança do Site e gerenciar a rede. Eles podem ser chamados de cookies \"estritamente necessários\" ou \"essenciais\". Sem esses cookies, o Site não irá funcionar corretamente. Eles incluem, por exemplo, cookies que permitem lembrar suas preferências de cookies e equilibrar a carga de rede, que você faça login em áreas seguras do nosso Site e acesse contas de usuário ou formulários on-line.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, você precisará ativar ou desativar os cookies novamente.
Relatório de Pedro Duarte é aprovado na Câmara do Rio de Janeiro de pede ajuste fiscal e modernização das leis
Foi aprovado na semana passada, o relatório da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Tributário e Finanças da Câmara do município do Rio de Janeiro, relatado pelo vereador Pedro Duarte (NOVO).
O relatório foi aprovado com 9 votos favoráveis e 3 contrários, incluindo o voto divergente do vereador Lindbergh Farias (PT). Os outros 2 votos divergentes foram dos vereadores do PSOL, Monica Benício e William Siri.
O relatório de Pedro faz um levantamento detalhado sobre a crise econômica do Rio de Janeiro, intensificada após a Rio 2016, piorada com pandemia do Covid-19, que agravou o cenário, o que produziu efeitos negativos na arrecadação do município.
E ainda, ao longo da década de 2010, o Rio de Janeiro passou por um período de grande aumento no seu endividamento fiscal, com um crescimento de R$ 4,9 bilhões de reais ao longo dos últimos 10 anos.
Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento – SMFP, o PIB municipal tem crescido a um ritmo muito mais lento desde o ano de 2014, com uma arrecadação menor do que o crescimento das despesas.
A situação piora quando visto o crescimento do déficit da PREVI-RIO, a previdência dos servidores municipais. Pedro Duarte chama a atenção que no ano de 2011 o déficit do FUNPREVI foi de R$ 172 milhões. Para o ano de 2021, a previsão da SMFP é de um déficit de R$ 1 bilhão, o que já inclui o abate feito com a receita dos royalties do petróleo. Ou seja, o prejuízo real do FUNPREVI se aproxima da cifra de R$ 1,4 bilhão.
Atualmente o FUNPREVI consome cerca de R$ 5,9 bilhões por ano, quase 20% do orçamento municipal. A alíquota se encontra no patamar de 11% para os servidores municipais ativos e inativos, ficando muito abaixo do praticado pelo Governo Federal (variável de 7,5% a 22%), pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro (14%) e de outros municípios que competem diretamente com a cidade do Rio de Janeiro para a geração de empregos. A discrepância também ocorre na idade de aposentadoria, onde no município do Rio de Janeiro a idade mínima de aposentadoria é de 55 anos (mulher) e 60 anos (homem). O resultado da soma de critérios tão baixos é que o FUNPREVI tem acumulado déficits ao longo dos últimos anos, sendo que apenas no ano de 2021 o rombo será de R$ 1,4 bilhões, e possui uma dívida atuarial em patamar praticamente “impagável”.
Para o relator, a matriz econômica do município se mostra muito dependente direta e indiretamente do Poder Público e de empresas estatais. Além disso o o ambiente de negócios não tem se destacado ou tem perdido várias posições em estudos que medem a competitividade de cidades. No Ranking de Competitividade dos Municípios, estudo elaborado pelo Centro de Liderança Pública – CLP, o Rio de Janeiro ocupa atualmente a posição nº 71, atrás de Niterói (posição nº 29) e de capitais como São Paulo, Florianópolis, Curitiba e Vitória (posições nº 03, 04, 05 e 06, respectivamente).
Segundo Pedro, burocracias excessivas quanto ao pagamento de tributos no Rio de Janeiro acabam por dificultar demasiadamente a atividade local. Foi pontuado também que o município pratica alíquota de ISS acima de cidades que competem com a nossa, frustrando assim a competitividade da cidade.
Quanto à infraestrutura, o Rio de Janeiro possui uma grande precariedade nas vias de acesso da cidade. Destaque especial à Avenida Brasil, principal acesso rodoviário da cidade, e à Linha Vermelha, acesso ao aeroporto do Galeão. Ambas as vias têm sofrido com a falta de investimentos e possuem um problema crônico de falta de segurança.
E continua, falando que a geração de empregos do Rio tem um desempenho pior que a média do Brasil desde 2014. Além disso, a economia carioca possui um elevado grau de informalidade. E 30% dos cidadãos do estado do RJ recorreram ao auxílio emergencial.
De acordo com o relatório, a dívida municipal é na casa dos R$ 18 bilhões quando considerados apenas os Restos a Pagar Processados. Já o volume total de precatórios, que hoje circulam a cifra de R$ 373 milhões. E que assim como os Restos a Pagar, os Precatórios têm sido utilizados pelo Poder Público como uma forma de esconder o seu real endividamento.
Todas essas medidas acabariam por dissuadir o real quadro de suficiência/insuficiência fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro, que tem sido insuficiente desde o ano de 2017, sendo que o rombo nas contas do ano de 2019 está na ordem de R$ 4,13 bilhões, e a previsão é de que seja ainda maior para o ano de 2020.
Recomendações da Comissão
O relatório de Pedro Duarte termina com algumas recomendações, sendo entre elas medidas de desburocratização com revogação de leis em excesso que criam insegurança jurídica, visitas a polos econômicos, um estudo junto ao Tribunal de Contas do Município do impacto econômico gerado pelo setor do Petróleo e Gás no município, apresentação de um projeto de Lei da Liberdade Econômica nos termos do já aprovado pelo Governo Federal.
O relatório também recomenda o envio das reformas tributária, administrativa e previdenciária, além da revisão da Lei nº 6.250/2017, que promoveu alterações nos valores cobrados do IPTU, entre outras várias medidas.
Acesse o LINK para conhecer o teor completo do relatório.
#NOVOnaPrática
Com informações do Diário do Rio
Foto: Flávio Marroso/CMRJ