Um questionamento do qual todos sabemos a resposta: afinal, quem paga as contas do Estado? A conclusão vem de um raciocínio muito simples, mas que exige contínua reflexão. E por que essa pergunta tão óbvia? Explicamos.

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A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão aprovou em regime de urgência mais um empréstimo para o Governo Estadual. Desta vez, no valor de R$ 180 milhões contraídos junto ao Banco de Brasília (BRB), sob a justificativa de que a milionária cifra servirá para investir em obras.

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Acontece que se recapitularmos os importes gastos em 2020, a exemplo dos R$ 64,6 milhões com a comunicação, finalidade de longe prioritária, percebemos que há uma nítida falta de compromisso com a redução de custos da máquina pública. E, pasmem, o Governo do Maranhão aumentou a previsão de gastos para esta pasta em 2021, que agora poderá chegar a R$ 88,9 milhões.

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Para se ter uma ideia, o orçamento anual da própria ALEMA perfaz 418 milhões. O trabalhador maranhense, portanto, já penalizado pela complexidade legal e alta carga tributária, arca com altos salários, regalias e ainda sustenta 37 secretarias que, como bem sabemos, servem muito mais à manutenção do status quo politiqueiro do que para a prestação de um serviço a contento para a sociedade. Ou seja, a desculpa para mais um endividamento é simplesmente a falta de dinheiro. Mas também…!

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Frisa-se, ainda, que o Maranhão, segundo dados do IBGE de 2019, é o único estado da federação em que mais de 50% da população vive em situação de pobreza. Em 2010, esse índice era inferior a 30%. Estamos piorando drasticamente. É alarmante!

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Diante disso, questiona-se: até quando vamos permitir e vivenciar na própria pele a situação muito bem expressada na seguinte frase: “o estado toma o pão do povo no atacado, e distribui migalhas no varejo. O segredo da ilusão é manter a arena política focada na disputa férrea pelas migalhas”? Maranhense, reivindique! Por mais que você não se dê conta imediatamente, isso repercute de forma negativa na sua vida.