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Editorial: Aumento do tamanho do Estado já não pode mais ser ignorado
Neste final de semana, durante o Fórum Anual do Grupo Esfera, o empresário Rubens Ometto fez severas críticas a Lula e sua equipe econômica, especialmente no que diz respeito à incontrolável avidez estatal para arrecadar cada vez mais. A rejeição do empresário aos métodos da administração Lula revela que, mesmo entre importantes apoiadores da gestão do petista – Ometto é um dos principais doadores pessoa física do PT e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável – é crescente o descontentamento com o arrocho tributário promovido pelo atual governo.
A fala do dono da COSAN denota um argumento sustentado pelo Partido Novo desde sua fundação: em um estado cada vez mais inchado e gastador, o dinheiro deve permanecer ao máximo nas mãos da iniciativa privada, pois são as pessoas e as empresas quem melhor sabem alocar os recursos que lhes pertencem. O aumento de impostos, então, é uma medida perniciosa que tem baixa eficácia e gera uma série de problemas reflexos.
O primeiro impacto do aumento de impostos diz respeito ao crescimento econômico. Impostos mais altos reduzem a renda dos indivíduos e, por consequência, sua capacidade de poupar ou consumir. Ao demandarem menos bens e serviços, também é reduzida a produção das empresas, que terão seus ganhos diminuídos, perderão capacidade de investimento e precisarão fechar postos de trabalho.
Impostos excessivos também promovem evasão fiscal e aumento da informalidade. Não existe fórmula mágica, neste aspecto. Os indivíduos sempre tenderão a proteger seus ganhos e seu patrimônio. Acreditar que a arrecadação sempre poderá ser crescente sem causar danos à economia é um erro fundamental do espírito desenvolvimentista que permeia as gestões de esquerda no Brasil. Os brasileiros não se negam a pagar tributos, mas também não veem motivos para continuar sustentando uma máquina cara, ineficiente e corrupta, tomada por interesses corporativistas, privilégios infindáveis e que raramente dá algum retorno razoável à população.
Ometto está certo quando diz que “o dinheiro na mão da iniciativa privada rende muito mais para o país do que na mão do governo”. Agora, está percebendo que, enquanto o governo estiver na mão do PT, o Brasil vai seguir no caminho oposto, de contínua transferência da riqueza para o insaciável estamento brasileiro. A classe empresarial precisa entender que essa é a essência do Partido dos Trabalhadores: mais impostos significam mais dinheiro para ser gasto por Lula e seus comparsas nas estruturas da burocracia estatal e no seu projeto de poder. E o projeto de poder petista é o principal obstáculo para o desenvolvimento do país.