Queimadas Batem Recorde no Pantanal, Cerrado e Amazônia, Mas Influenciadores de Esquerda Ficam Calados

25 de junho de 2024

Três dos seis biomas brasileiros bateram recordes de queimadas no primeiro semestre deste ano. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Cerrado e o Pantanal foram os que mais sofreram incêndios desde 1988, quando o instituto iniciou suas atividades. Além disso, a Amazônia sofreu a maior quantidade de focos de incêndio dos últimos 20 anos.

Influenciadores, compostos em grande parte por artistas globais, criticaram o governo Bolsonaro fortemente pelos incêndios florestais ocorridos durante essa gestão. Apesar disso, eles têm se calado diante das queimadas ocorridas no governo Lula (PT).

As queimadas no Pantanal

Satélites registraram 3.262 incêndios no Pantanal entre 1º de janeiro e 23 de junho. A estimativa é 22 vezes maior que os registros do mesmo período de 2023. Ao mesmo tempo, o monitoramento detectou 12.097 focos de incêndio no Cerrado, 32% a mais que no ano passado.

No pantanal, o cenário é pior ainda que o de 2020, que teve o maior número de focos de queimadas da até então com 2.534 no primeiro semestre. Nesse período, um terço do bioma foi queimado e acredita-se que cerca de 17 milhões de animais vertebrados tenham morrido.

Segundo especialistas, o aumento dos incêndios neste ano está relacionado principalmente com a crise climática. O Pantanal sofre uma seca intensa, por exemplo. Paralelamente, ocorreram 12.696 incêndios na floresta amazônica de 1º de janeiro a 23 de junho, número 76% maior que o de 2023. A estatística também é a mais grave desde 2004.

Os incêndios no Norte estão associados ao desmatamento, porque o fogo é usado para “limpar” áreas de floresta desmatadas. O aumento das queimadas na região também está ligado a uma seca histórica que atingiu o bioma em 2023.

A resposta do governo

A ministra do meio ambiente, Marina Silva, buscou retirar a responsabilidade do governo sobre a situação. Ela também disse que o cenário catastrófico está acontecendo por conta de incêndios criminosos, mudança climática e dos fenômenos El Niño e La Niña.

“Infelizmente, o fenômeno é incomparavelmente maior do que a capacidade humana de combater esses processos. Não é só o governo que tem que se preparar para esses fenômenos, é toda a sociedade. Neste momento, é fundamental parar de usar o fogo para qualquer coisa”, afirmou.

Durante as queimadas ocorridas em 2020, Lula disse que bastava o governo acionar as forças armadas em grande número para resolver o problema. Porém, até o momento, seu governo não tomou nenhuma medida nesse sentido para combater os incêndios.

“Por que nossas Forças Armadas não estão com um grande contingente no Pantanal e na Amazônia para tentar combater os incêndios? Eles desmontaram TODOS os mecanismos de prevenção a incêndios”, comentou Lula na época pelo X (clique aqui e confira).

A hipocrisia dos influenciadores diante das queimadas

As estatísticas sobre queimadas demonstram que o governo Lula atingiu números piores que os dos anos Bolsonaro. Apesar disso, os maus resultados não receberam a mesma crítica por parte de ONG, políticos e celebridades nacionais e internacionais como a gestão anterior.

No começo de 2020, mais de mil artistas brasileiros, incluindo Chico Buarque e Caetano Veloso, assinaram uma carta divulgada pelo jornal britânico The Guardian, condenando, entre outras coisas, políticas governamentais que estariam prejudicando a floresta amazônica.

Também em 2020, vários artistas assinaram uma carta pela proteção do Pantanal, criticando a política ambiental do governo Bolsonaro e enfatizando a necessidade de proteger o bioma de incêndios. Entre os artistas estavam os atores Lucélia Santos, Marcos Palmeira, Thiago Lacerda, Letícia Sabatella e Dira Paes, e os cantores Renato Braz, Tetê Espíndola, Almir Sater e Vera e Zuleika.

Além disso, em março de 2022, o “Ato pela Terra” reuniu vários artistas e organizações em Brasília para denunciar uma série de projetos de lei que prejudicariam a legislação ambiental. Entre os participantes estavam artistas como Caetano Veloso, Bruno Gagliasso, Letícia Sabatella, Seu Jorge, Criolo e Emicida.

Depois disso, em setembro de 2022, um grupo de artistas brasileiros liderado por Wagner Moura lançou o “Hino ao Inominável” criticando o presidente Bolsonaro e condenando suas políticas ambientais e de direitos humanos.

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