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Pedro Duarte é destaque na mídia como único parlamentar do Rio a não utilizar auxílio-combustível
Há quase um ano e meio, parlamentares têm autorização para trabalhar de casa. Muitos participam das sessões remotamente. Mesmo com essa possibilidade e do plenário ficar mais vazio durante as sessões, o gasto mensal da Câmara Municipal do Rio de Janeiro com auxílio-combustível não caiu.
No ano passado, o pagamento do benefício chegou a ser suspenso durante três meses, entre maio e julho, quando a Câmara ficou fechada por causa do novo coronavírus.
A cota voltou a ser paga em agosto de 2020, quando a Câmara reabriu para os vereadores que quisessem participar das sessões presencialmente.
Na quarta-feira do dia 01/09, dos 51 vereadores, só dois apareceram no plenário; três faltaram e 46 marcaram presença pela internet.
Auxílio-combustível
Cada vereador tem direito ao valor correspondente a mil litros de gasolina por mês. Atualmente, a cota máxima é de R$ 6.240, que daria para rodar com um carro popular, todo mês, cerca de 14 mil quilômetros – mais de 30 vezes o trajeto do Rio de Janeiro até São Paulo.
No site da Câmara, só os gastos de 2021 estão disponíveis para consulta. Nos oito primeiros meses, o auxílio custou R$ 2.247.249 para os cofres públicos.
Entre janeiro e maio de 2021, dos 51 vereadores, 48 receberam, todo mês, a cota integral do auxílio-combustível; 2 ganharam parte da cota;
“Se em dias normais eu já acho um absurdo, o que dirá numa época de pandemia, de restrição, quando muitos de nós vereadores acabamos fazendo as sessões pelo virtual. Na minha visão esse é o momento de fazer cortes”, afirmou o vereador para entrevista da Globo News.
Sem fiscalização
Como o combustível pago com dinheiro público só pode ser usado no “desenvolvimento de atividades parlamentares”, a GloboNews perguntou para a Câmara quem fiscaliza os abastecimentos.
Em nota, a Câmara informou que não há fiscalização:
“Os titulares dos cargos eletivos, assim como ocorre com o conceito empreendido para vale-refeição e alimentação, percebem quota mensal de combustível, sem que seu consumo seja, por qualquer órgão deste parlamento, objeto de ingerência. Cabendo, portanto, sua gestão a cada parlamentar”.
Manoel Galdino, da Transparência Brasil, criticou a falta de fiscalização: “A Câmara tem obrigação de fiscalizar o dinheiro público. Quando não fiscaliza, o risco é de ter desperdício e desvio de dinheiro público”.
Informações: Globo News
Imagem: Radio Videira