Esses cookies são imprescindíveis para a operação do nosso Site, para habilitar as principais funções do Site, garantir a segurança do Site e gerenciar a rede. Eles podem ser chamados de cookies \"estritamente necessários\" ou \"essenciais\". Sem esses cookies, o Site não irá funcionar corretamente. Eles incluem, por exemplo, cookies que permitem lembrar suas preferências de cookies e equilibrar a carga de rede, que você faça login em áreas seguras do nosso Site e acesse contas de usuário ou formulários on-line.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, você precisará ativar ou desativar os cookies novamente.
Bancada do NOVO cobra informações do GSI quanto à sindicância na Abin sobre relatórios do caso Flavio Bolsonaro
Deputados cobram explicação sobre diferentes versões dadas por Ramagem e advogada do senador
Os deputados federais do partido NOVO protocolaram requerimento de informação junto ao Gabinete de Segurança Institucional para que o ministro-chefe do órgão, Augusto Heleno, preste esclarecimentos sobre a sindicância interna conduzida pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), voltada a apurar a produção de suposto relatório de inteligência envolvendo o senador Flávio Bolsonaro. O objetivo é agregar informações sobre os acontecimentos expostos pela mídia e afastar interpretações pessoais e opiniões.
No requerimento de informações, a bancada questiona os dados informados pelo diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, em vídeo publicado em suas redes sociais, no qual diz que foi instaurada sindicância para apurar se algum membro da instituição de fato elaborou o relatório de inteligência em favor de Flávio, conforme noticiado pela imprensa. Em relação a estas informações, os deputados do NOVO querem saber se os processos administrativos foram mesmo instaurados, sua numeração e os resultados deles.
Neste vídeo, Ramagem afirma ter afastado um integrante da Abin. A bancada questiona quem é o servidor, o envolvimento dele na divulgação dos supostos relatórios de inteligência e quais são as informações que ele teria vazado.
Ramagem também alegou, no vídeo, que o servidor e os jornalistas que publicaram reportagens sobre o fato serão processados nas esferas cível e penal. Os deputados do NOVO querem saber quais serão os fatos ilícitos imputados a ele e se o órgão tomará as mesmas medidas em desfavor de Luciana Pires, advogada de Flávio Bolsonaro que teria afirmado à imprensa ter recebido sugestões de atuação do Diretor-Geral da Abin.
A bancada também questiona se o GSI e órgãos de inteligência foram procurados por representantes do parlamentar depois de terem negado o pedido para auxiliar o senador em assuntos particulares, conforme informaram nas respostas aos RICs nº 1404/2020 e 1645/2020. E, caso tenham sido procurados, se houve mudança na postura dos órgãos e entidades nos últimos meses.
A bancada ressalta que as informações solicitadas dizem respeito apenas a procedimentos administrativos e não possuem relação direta com as atividades de inteligência realizadas pelos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), tendo inclusive o GSI e a ABIN tratado delas em notas oficiais, em vídeo divulgado nas redes sociais de seus gestores e em respostas a outros Requerimentos de Informação.
“Em vídeo, o Diretor-Geral da ABIN diz que os relatórios supostamente produzidos pela agência para auxiliar a defesa de Flávio Bolsonaro seriam falsos, mas sua autenticidade e procedência teriam sido confirmadas pela procuradora do Senador. Por isso enviamos esses questionamentos ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), precisamos apurar a verdade e garantir que se faça justiça”, destaca o deputado federal Tiago Mitraud (NOVO/MG).
Os deputados afirmam que apesar da conclusão oficial de que os supostos relatórios seriam falsos, sua autenticidade e procedência teriam sido confirmadas pela procuradora do senador Flávio Bolsonaro em entrevista supostamente concedida em 9 de dezembro de 2020.
O líder da bancada do NOVO, deputado Vinicius Poit (SP), considera inaceitável o uso de órgãos do governo para fins pessoais. “A administração pública deve servir ao povo, não à família do Presidente”, afirma.
Leia a íntegra do requerimento.
Informações: novonacamara.com.br
Foto: Cristiano Mariz / Veja