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Governador Romeu Zema e ministro Sergio Moro defendem integração na Segurança Pública
O governador Romeu Zema participou, junto com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nesta terça-feira (18/2), no Auditório JK, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, da abertura do seminário que marca a retomada da metodologia de Integração de Gestão em Segurança Pública (Igesp) no Estado. A ação – um marco no processo de integração das forças de segurança pública – tem por objetivo a contínua redução dos índices de criminalidade, aumentando, assim, a sensação de segurança da população mineira.
Na ocasião, o governador destacou a necessidade de se trabalhar de forma integrada para entregar melhores resultados para a população. “A segurança se fortalece quando ela tem autonomia e independência, coisa que nós nem sempre assistimos aqui em Minas Gerais, principalmente na Polícia Civil, que sempre foi muito submetida a interferências externas. Uma segurança não se constrói dessa forma. É necessário que se tenha mais autonomia e independência. Caso contrário, ela vai passar a servir aos interesses ou à pressão de alguém”, afirmou Romeu Zema.
Resultados
Os bons resultados, segundo o governador, já começaram a aparecer. Na última semana, balanço divulgado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas mostrou que o ano de 2019 apresentou queda em todos os 13 crimes monitorados pelo Observatório de Segurança Pública, em relação a 2018. Entre os destaques está a diminuição de 29,43% nos roubos consumados registrados em Minas e de 12,5% no número de vítimas de homicídio.
A integração do trabalho das Forças é vista como fundamental pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que realizou uma palestra sobre o tema. Segundo ele, o trabalho desenvolvido no ministério tem surtido efeito na queda dos índices de criminalidade porque tem como foco o combate à corrupção, ao crime organizado e à criminalidade violenta.
“São resultados muito positivos, muitas vidas salvas. Parabéns a todos os envolvidos no trabalho de segurança pública, sejam as forças de segurança federais, estaduais ou municipais. O mérito é de todos que trabalham nesta área. O que funciona bem é quando as forças de segurança atuam integradas, não só entre elas, mas quando é possível reunir outras ações de políticas públicas governamentais direcionadas igualmente à segurança pública”, disse o ministro Moro.
Gestão
A Igesp é um modelo de gestão que se baseia no compartilhamento de informações e nas implementações de ações conjuntas, capazes de envolver a diversidade de fenômenos que compõem o problema da criminalidade urbana. O processo propõe a garantia de uma articulação descentralizada, com objetivo de planejar estratégias flexíveis à realidade de cada uma das áreas geográficas integradas.
A especificidade da metodologia Igesp visa, também, propiciar a interlocução sistemática e ação integrada entre os órgãos de Justiça e Segurança Pública, buscando estabelecer atuações estratégicas para desenvolvimento de um trabalho ordenado de análise e monitoramento de casos específicos, considerados prioritários, propiciando o planejamento integrado. A solução de problemas de criminalidade e violência requer alocação rápida, concentrada e sincronizada de recursos humanos e materiais para uma intervenção mais eficiente nas zonas quentes de criminalidade – ZQC.
Análises
Os pilares metodológicos da Igesp são: gestão orientada para a solução de problemas com foco na prevenção; gestão em rede e gestão para resultados. A metodologia se se sustentará por meio de reuniões regulares, a partir de um calendário previamente estabelecido, e com a oferta de uma capacitação na modalidade de educação a distância (EAD) para todos os envolvidos.
A metodologia Igesp é fundamentada na produção qualificada de informação e sua utilização de forma articulada, no compartilhamento dessas informações e no estímulo à capacidade analítica dos órgãos envolvidos. Serão monitorados indicadores de Segurança Pública de vítimas de homicídios consumados, furtos qualificados e de criminalidade violenta. Já entre os indicadores de Justiça, serão analisados dados de fugas por transposição de barreiras, morte de custodiados, rebeliões, motins e ressocialização.
Com informações da Agência Minas
Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG