Esses cookies são imprescindíveis para a operação do nosso Site, para habilitar as principais funções do Site, garantir a segurança do Site e gerenciar a rede. Eles podem ser chamados de cookies \"estritamente necessários\" ou \"essenciais\". Sem esses cookies, o Site não irá funcionar corretamente. Eles incluem, por exemplo, cookies que permitem lembrar suas preferências de cookies e equilibrar a carga de rede, que você faça login em áreas seguras do nosso Site e acesse contas de usuário ou formulários on-line.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, você precisará ativar ou desativar os cookies novamente.
Bancada do NOVO RS vota contra criação de cargos do Ministério Público
Em meio à crise causada pela tentativa do Executivo de congelar o orçamento do Judiciário, Ministério Público e outros órgãos do Estado, dois projetos de criação de cargos no Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul causaram controvérsia na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. O PLC 285/2019 que cria novo cargo de Promotor de Justiça e o PL 9/2018 que cria 41 cargos comissionados.
Um dos projetos foi aprovado, criando uma vaga de promotor, um cargo em comissão (CC), uma Função Gratificada (FG) e um cargo do quadro.
A outra proposta que prevê a criação de 41 cargos em comissão não chegou a ser votada, porque, diante da resistência de alguns parlamentares, o quórum foi retirado. O Projeto chamou a atenção do deputado Giuseppe Riesgo (NOVO), pois veio acompanhado da justificativa de que geraria economia ao extinguir cargos e criar outros menos custosos. Segundo o deputado, porém, embora os cargos extintos fossem mais caros, eles não estavam sendo ocupados, enquanto os 41 CC’s serão chamados imediatamente, gerando um custo a mais de R$3,5 milhões para os cofres públicos.
O projeto aprovado – protocolado na Assembleia em 2014 – criou “o 13º cargo de Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da comarca de Porto Alegre”. O texto também estabelece um Cargo em Comissão, o de Assistente de Promotor. A matéria prevê ainda um cargo de Agente Administrativo, no quadro de funcionários efetivos da Procuradoria-Geral de Justiça do MP.
Conforme a previsão do MP, os três cargos e a função gratificada custarão mais de R$ 316 mil ao ano. A votação terminou com o voto favorável de 45 parlamentares. Cinco deputados votaram contra: Vilmar Lurenço (PSL), Tiago Simon (MDB), Pedro Pereira (PSDB) e Fábio Ostermann (NOVO) e Giuseppe Riesgo (NOVO).
“Temos servidores do Executivo recebendo parcelado há mais de quatro anos. Por mais que eu entenda que o MP carece de mais braços, não podemos destinar ainda mais recursos a um dos poderes mais bem aquinhoados, com os salários mais altos, neste momento”, justificou o deputado Fabio Ostermann (NOVO).
Segundo Giuseppe, é um absurdo que justamente durante o período em que se tentam aprovar Reformas Estruturais por conta da situação de calamidade das contas públicas, o MP tente aumentar seus gastos, indo na direção contrária do ajuste fiscal tão necessário para o Rio Grande do Sul. A Assembleia Legislativa, porém, não parece seguir esta mesma linha de raciocínio, haja vista que aprovou ambos os projetos por ampla maioria.
“Esses projetos, especialmente o que se refere à criação dos CC’s, demonstram que o Ministério Público não se importa com a crise fiscal pela qual o Estado está passando, não se importa com o futuro do Rio Grande do Sul e tampouco se importa com os demais servidores que vêm pagando pela crise e recebendo parcelado há 50 meses.”, desabafa Riesgo.
O NOVO atua contra privilégios e pelo equilíbrio das contas públicas. Quando o governo aumenta seus gastos, a população perde com menos serviços como saúde, segurança, educação e infraestrutura.
Divulgação: Guiseppe Riesgo e Jornal do Comércio
Foto: Imprensa – ALRS