Por Leonardo Arruda, Presidente Estadual do Partido NOVO

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Revolta, angústia e sensação de impotência!

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É desumano o que vimos o Congresso Nacional fazer na última sexta-feira (17/12/2021). Um misto de profundo desprezo e repúdio aos que – em nome da “democracia” – saquearam R$ 5,7 bilhões dos cofres públicos para financiar as suas ricas campanhas eleitorais em 2022.

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Não obstante a pandemia, que deixa um país chorando os seus mais de 617 mil mortos, com inflação às alturas e um catastrófico legado de desemprego, ainda teremos que digerir – próximo à ceia de natal – a absurda derrubada do veto presidencial que reduzia de 5,7 para 2,1 bilhões o valor do fundo eleitoral para o próximo ano.

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É ainda mais escandaloso e repugnante ver como cada parlamentar maranhense se posicionou nesta emblemática votação. Percebe-se aqui uma clara distinção entre sanguessugas e um minoritário grupo que ainda expira alguma esperança.

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Nestas horas, Deputados e Senadores se esquecem se fazem parte da situação ou da oposição ao governo, e optam por caminhar abraçados no lamaçal da promiscuidade para garantir suas reeleições. Ignoram os alarmantes índices de pobreza do Maranhão e o quanto esta verba vai fazer falta, principalmente, na vida de quem mais precisa. Colocam nos olhos uma venda bordada com notas de R$ 200,00 e fingem não saber que 74% da população maranhense sobrevive atualmente com menos de um salário mínimo[1] e que 62% dos lares do nosso Estado apresentam situação de insegurança alimentar.[2]

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Em resumo, são representantes do Estado mais pobre da Federação, mas e daí? Qual deles se importa? A resposta talvez venha do “Deputado Justo Veríssimo”, personagem brilhantemente criado pelo humorista Chico Anísio, que em tom de desprezo dizia: “eu quero que o pobre se exploda!”

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Goste ou não, dos Deputados Federais maranhenses, apenas o parlamentar Josivaldo JP  (Podemos)[1] votou a favor da manutenção do veto. Já no Senado, somente a parlamentar Eliziane Gama (Cidadania)[2]. Veja como ficou a votação:

Obs: a favor (redução do valor do fundo eleitoral) ou contra (aumento do fundo eleitoral para 2022) a manutenção do veto:

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Aluisio Mendes (PSC-MA) – Contra

André Fufuca (PP-MA) – Contra

Bira do Pindaré (PSB-MA) – Contra

Cleber Verde (Republicanos-MA) – Contra

Edilázio Júnior (PSD-MA) – Contra

Gastão Vieira (PROS-MA) – Contra

Gil Cutrim (Republican-MA) – Contra

Hildo Rocha (MDB-MA) – Contra

João Marcelo Souza (MDB-MA) – Contra

Josimar Maranhãozinho (PL-MA) – Contra

Josivaldo JP (Podemos-MA) – A FAVOR

Junior Lourenço (PL-MA) – Contra

Juscelino Filho (DEM-MA) – Contra

Marreca Filho (Patriota-MA) – Contra

Pastor Gil (PL-MA) – Contra

Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) – Contra

Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) – Contra

Zé Carlos (PT-MA) – Contra

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Eliziane Gama (Cidadania) – A FAVOR

Roberto Rocha (PSDB) – Contra

Weverton Rocha (PDT) – Contra

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A certeza que fica e o que resta de esperança é ver que ainda resiste bravamente uma bancada no Congresso que tenta fazer a diferença. O Partido NOVO é o único que, além de votar a favor da manutenção do veto, não usará um centavo sequer desta verba roubada “legalmente” dos mais pobres. E vai além, uma vez que acionará o STF para tentar reverter a situação.

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Em 2022 estaremos lutando contra cada um destes senhores que desonraram a nossa população, afinal, como ensinou Churchill, “é melhor morrer em combate do que ver ultrajada a nossa nação”. Que as urnas possam dar a resposta que eles merecem, e que Deus proteja os poucos idealistas que ainda lutam verdadeiramente pelo Maranhão!

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[1] https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/12/17/lista-como-votaram-fundao-eleitoral-57-bilhoes-congresso-eleicoes-2022.htm

[2] https://www.gazetadopovo.com.br/republica/como-cada-senador-votou-na-derrubada-do-veto-ao-fundo-eleitoral-de-r-57-bi/

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[1] https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/11/15/74percent-dos-maranhenses-vivem-com-menos-de-um-salario-minimo-diz-ibge.ghtml

[2] https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2020/09/17/maranhao-e-o-estado-com-maior-percentual-de-inseguranca-alimentar-do-pais-diz-ibge.ghtml