Como a Estônia abandonou o socialismo e adotou o liberalismo

20 de agosto de 2019

Hoje, 20/08, a Estônia comemora 28 anos da sua independência da União Soviética. Por lá, a data é um feriado nacional.

 

A Estônia é um pequeno país no leste europeu que, em meio a 2ª Guerra Mundial, na década de 1940, foi anexada compulsoriamente à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O direito à propriedade privada e à liberdade foram repentinamente abolidos por Stalin. O ditador socialista não hesitou em expropriar os estonianos, a exterminar e enviar para campos de concentração (Gulags) toda dissidência.


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Como todos os demais países do bloco soviético, a Estônia tornou-se um país miserável, com baixo IDH, baixa expectativa de vida e inflação que ultrapassava 1.000%.


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Somente após a dissolução da União Soviética em 1991, a Estônia conseguiu recuperar sua independência e elegeu já em 1992 como primeiro ministro, o liberal Mart Laar. As inspirações de Laar para reconstruir a Estônia foram tiradas do livro “Livres para Escolher”, do economista Milton Friedman.


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Algumas das políticas adotadas imediatamente pelo primeiro ministro foram:

 

 Reforma Fiscal: sem poder imprimir dinheiro, o governo só tinha uma alternativa para manter a receita acima das despesas: cortando gastos. Isso foi feito através de privatizações e corte de subsídios. Além disso, com uma nova lei mais rígida, o parlamento ficou proibido de apresentar propostas de orçamento deficitário.
 Reforma Monetária: após equilibrar o orçamento, Laar providenciou a criação de uma nova moeda forte para conter a hiperinflação. Para estabilizar a moeda, é necessário equilibrar as contas primeiro.
 Reforma Bancária: eliminou todos os bancos estatais, estimulou a concorrência no setor e definiu regras clara para os bancos privados: o Estado não socorreria bancos que estivessem falindo, como boa parte dos países passou a fazer depois da Grande Depressão.
 Abertura Comercial: desburocratizou o comércio exterior e aboliu barreiras de entrada, aumentando a concorrência.

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O pacote de medidas foi implementado de uma vez, não de forma gradual como a maioria dos governos tenta fazer. “O remédio amargo é mais fácil de tomar em uma dose do que em uma série prolongada de doses”, afirmou Lescek, um dos responsáveis pela reforma econômica da Polônia.

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Como resultado, a renda da população foi multiplicada por sete, saindo de U$5.000,00 para U$35.000,00.

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Além disso, o país virou uma referência em tecnologia e lidera a implementação do governo digital. Trataremos sobre esse assunto em outro post.

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O NOVO acredita que devemos nos inspirar nos exemplos que deram certo. A liberdade econômica é fundamental para gerar desenvolvimento, emprego e renda. Assim como Milton Friedman inspirou as reformas na Estônia, suas obras também inspiram as reformas que o NOVO quer para o Brasil.

 

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