Com voto do NOVO na Câmara, CCJ aprova fim de aposentadoria como pena para juízes

10 de junho de 2022

Proposta prevê pena de perda do cargo para juízes que atentarem contra a dignidade, a honra e o decoro de suas funções.

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados aprovou nesta 4ª feira (8/6), por 39 a 2 e uma abstenção, a admissibilidade da PEC 163/12, que proíbe a concessão de aposentadoria a magistrados como medida disciplinar.

O texto da PEC põe fim à punição que concede aposentadoria compulsória com salário proporcional ao tempo de serviço, aplicável a juízes acusados de atos de corrupção ou ofensivos à moralidade administrativa, além de atribuir ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a competência de decretar, por decisão administrativa, a perda do cargo de membros do Poder Judiciário. Atualmente, a exoneração de um juiz só pode se dar por decisão judicial transitada em julgado.

Representante do NOVO na Comissão, o deputado Gilson Marques (SC) lembrou que a PEC foi protocolada em 2012 pelo deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) e nunca avançou. “Essa PEC 163 pretende acabar com a farra de aposentadoria como prêmio de juiz que comete crime. É inacreditável que alguns partidos orientam para retirar de pauta”, criticou.

Parlamentares que votaram contrários à PEC, argumentaram que a medida acabaria com a vitaliciedade dos juízes, bem como a independência para julgar.

Para a deputada do NOVO Adriana Ventura (SP), pela regra atual, a conduta desonesta é premiada com aposentadoria compulsória e remunerada, e quem paga é a população. Ela acrescentou que o Poder Judiciário brasileiro é um dos mais caros do mundo e leva 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB). 

A proposta será analisada por uma comissão especial antes de ser enviada para votação no plenário.

Imagem: Fabio Barros / Partido Novo

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